Acre

STF mantém no cargo secretário de Educação do Acre e rejeita pedido do TCE para reverter decisão do TJAC

Ministro Luís Roberto Barroso nega suspensão de segurança e afirma que não há grave ameaça à ordem pública; TCE segue autorizado a fiscalizar, mas não pode repetir afastamento com os mesmos fundamentos

Barroso entendeu que não houve demonstração de risco grave à ordem pública e destacou que o ato questionado não impede o Tribunal de Contas de adotar novas medidas cautelares. foto: arquivo

O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou, nesta terça-feira (1º), o pedido do Tribunal de Contas do Estado do Acre (TCE/AC) para suspender a decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC) que garantiu o retorno do secretário de Educação do Acre, Aberson Carvalho, ao cargo. A decisão foi assinada pelo presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso.

A controvérsia começou após o Ministério Público de Contas do Acre apontar possíveis irregularidades em uma escola da zona rural do Bujari, incluindo precariedade sanitária, problemas de infraestrutura e suspeitas de trabalho infantil. Com base nessas denúncias, o TCE determinou o afastamento cautelar do secretário e a realização de uma inspeção extraordinária.

No entanto, o governo do Estado recorreu ao TJAC e conseguiu uma liminar que suspendeu imediatamente o afastamento de Aberson Carvalho e proibiu novas tentativas de afastá-lo com base nos mesmos fatos.

O TCE/AC, então, recorreu ao STF alegando grave lesão à ordem pública e questionando a limitação de sua atuação fiscalizadora. O ministro Barroso, no entanto, entendeu que não há risco concreto à ordem pública e ressaltou que o TCE continua autorizado a exercer suas atribuições, inclusive com novas medidas cautelares, desde que sustentadas em fatos novos.

O parecer da Procuradoria-Geral da República também foi contrário ao pedido do TCE. Com a decisão, o secretário segue no cargo e a fiscalização do TCE permanece válida, mas sem repetir a medida de afastamento com base na situação já analisada pela Justiça acreana.

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Marcus José