Da Redação, com Agência ContilNet
Um soldado afastado do Exército resolveu se acorrentar em frente ao prédio da Justiça Federal, na manhã desta quarta-feira(15), para pressionar a Justiça a resolver o seu caso: uma reparação para os danos contraídos no tempo em que estava na ativa.
Adaílson de Freitas alega que a Justiça não estaria dando a devida atenção ao seu processo judicial.
“Não quero ter que cometer uma loucura. Sou um pai de família e estou passando necessidade. Quero que receber o que tenho direito. Não tenho como viver recebendo apenas um terço do que deveria receber”, reclamava Adaílson.
Segundo o laudo médico, elaborado em Manaus, o soldado sofre de audição deficiente e transtornos bipolares, provocados por uma mosca que teria entrado em seu ouvido, no ano de 2009, enquanto participava da Semana Verde, na qual é realizada uma série de atividades na floresta.
Sem tratamento adequado, a situação piorou, culminando no quadro atual, como atesta o documento.
O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) esteve no local e o examinou, detectando sintomas de hipotermia.
O soldado foi aconselhado a mudar a roupa que estava molhada devido à chuva que caía insistentemente nesta manhã, em Rio Branco.
De acordo com o defensor Público da União, Pedro Coelho, o processo dele já conseguiu vários ganhos de causa.
“O Adaílson já foi reincorporado ao Exército, porém o processo está na fase de cálculo do retroativo que ele tem direito. O tratamento e o aparelho auditivo que ele está usando já é fruto da decisão da Justiça em favor dele”, afirma o defensor público.
O soldado decidiu se desacorrentar depois de conversar longamente com o promotor, que estima que nas próximas semanas o caso do soldado deverá ser resolvido.