Ao menos 21 pessoas morreram em protestos na região de Puno
PAOLO AGUILAR/EFE – 19.1.2023
Manifestações contra a presidente Dina Boluarte ganharam força após uma breve pausa durante o final do ano de 2022
Um homem morreu nesta quinta-feira (19) em um hospital de Macusani, na região de Puno, no sul do Peru, onde estava sendo tratado após os confrontos ocorridos na última quarta-feira (18) entre manifestantes e policiais, o que eleva para 53 o total de mortos durante os protestos contra o governo.
Segundo informou o Hospital San Martín de Porres de Macusani em um comunicado, a vítima foi identificada como Salomón Valenzuela Chua, de 30 anos.
“Expressamos nosso profundo pesar e infelizmente informamos a morte do paciente devido a choque hipovolêmico e trauma torácico aberto, complicando a função de outros órgãos vitais”, detalhou a nota.
O mesmo centro hospitalar havia relatado na quarta-feira a morte de uma mulher de 35 anos e a internação de um paciente com prognóstico reservado após apresentar “trauma torácico aberto”.
Esta nova fatalidade no sul do país eleva para 53 o total de mortes durante os protestos contra o governo que começaram em dezembro do ano passado no Peru, 21 delas registradas na região de Puno, que tem sido um dos epicentros do mobilizações desde que recomeçaram no início de janeiro, após uma trégua de Natal.
Na quarta-feira, em Macusani, ocorreram confrontos entre manifestantes e as forças de segurança, que envolveram o ataque à sede judicial e à delegacia local, que foram incendiadas.
Até agora, os confrontos durante os protestos deixaram 43 manifestantes mortos, além de um policial, enquanto outras nove pessoas perderam as vidas por diferentes causas vinculadas aos bloqueios de estradas e às manifestações.
Os manifestantes exigem a renúncia da presidente Dina Boluarte e o fechamento do Congresso, além da convocação de eleições gerais para este ano e de uma Assembleia Constituinte.