A situação dos caminhoneiros na aduana de Assis Brasiléia, na fronteira com o Peru, foi destacada e denunciada durante uma Audiência Pública promovida pela ALEAC nesta sexta-feira, dia 18, em Epitaciolândia. O problema principal é que os caminhoneiros enfrentam longos períodos de espera, chegando a passar até sete dias parados aguardando o desembaraço aduaneiro, o que representa um desafio significativo para esses profissionais e para o comércio regional.
A observação contundente foi feita pelo primeiro-secretário e ex-presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado estadual Nicolau Júnior, do Partido Progressista (PP). Ele ressaltou que essa é uma questão antiga que requer uma solução urgente. A demora na inspeção alfandegária é atribuída à falta de recursos humanos do lado brasileiro, onde apenas um fiscal atua, enquanto que, no lado peruano, o processo de fiscalização e liberação de veículos e produtos é imediato.
Alfândega na na cidade de Assis Brasil, na divisa entre Brasil e Peru – Foto/Alexandre Lima/arquivo
Nicolau Júnior fez um apelo para que sejam realizados concursos com vagas destinadas aos moradores locais, a fim de contratar pessoal que possa atuar diretamente na aduana. Ele argumenta que, se os aprovados permanecerem no município, isso poderá contribuir significativamente para combater o problema que está prejudicando a exportação e causando grandes transtornos aos caminhoneiros.
Essa Audiência Pública serviu como um espaço para chamar a atenção para a urgência de resolver esse impasse que afeta não apenas os caminhoneiros, mas também a economia regional. É um apelo para que sejam tomadas medidas concretas visando melhorar a eficiência da alfândega de Assis Brasil e, assim, facilitar o fluxo de comércio na região fronteiriça. A proposta de contratar pessoal local é vista como uma maneira estratégica de abordar essa questão de longa data e aliviar os desafios enfrentados pelos caminhoneiros e empresários que dependem dessa rota de exportação crucial.