O Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed/AC) se pronunciou nesta quinta-feira (19) sobre o conflito entre o governo do Acre, por meio da Secretaria de Saúde (Sesacre) e direção do Hospital Santa Juliana que teria suspendido cirurgias e atendimentos por falta de pagamento por parte do governo administrado por Tião Viana (PT).
“É lamentável que o governo do Estado esteja ignorando centenas de pacientes, deixando de realizar os repasses para a instituição”, diz trecho da nota.
A nota diz, ainda, que o sindicato disponibiliza serviços jurídicos para os médicos que se sentiram lesados por não receberem seus salários.
“O Sindmed-AC disponibilizou uma banca de advogados para buscar o recebimento dos valores que os governantes deveriam repassar por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), recursos federais utilizados para os pagamentos dos serviços de hospitais filantrópicos”, diz.
Veja nota na íntegra:
Nota de solidariedade
A diretoria Sindicato dos Médicos do Estado do Acre (Sindmed-AC) se solidariza com o Conselho Presbiterial da Diocese de Rio Branco que foi obrigado a interromper as cirurgias cardíacas, exames de cintilografia, densitometria e litotripsia no Hospital Santa Juliana. É lamentável que o governo do Estado esteja ignorando centenas de pacientes, deixando de realizar os repasses para a instituição.
O Hospital Santa Juliana, mantido por uma entidade filantrópica religiosa, é um patrimônio dos acreanos, presente na história do Estado, ajudando a salvar vidas há várias décadas, merecendo o devido respeito dos políticos que atualmente estão no poder.
Os médicos que trabalharam há meses sem nada receber, por irresponsabilidade dos gestores públicos, não serão desamparados, pois o Sindmed-AC disponibilizou uma banca de advogados para buscar o recebimento dos valores que os governantes deveriam repassar por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), recursos federais utilizados para os pagamentos dos serviços de hospitais filantrópicos. A diretoria ainda se solidariza com os anestesistas e cirurgiões que sofrem com o descaso do governo do Estado.
Negar o pagamento é privar trabalhadores e pacientes do item mais essencial que é sobreviver em tempos cruéis, de crise financeira e política, demonstrando profundo desrespeito com toda população.
Para que os gestores sejam punidos e para garantir a retomada dos pagamentos, o sindicato encaminhará o caso para o Ministério Público Federal (MPF) e Tribunal de Contas da União (TCU), responsáveis por fiscalizar o cumprimento das leis e dos gastos dos recursos federais, além de encaminhar o caso para o Ministério da Saúde, pedindo auditoria.
Ribamar Costa
Presidente do Sindicato dos Médicos do Estado do Acre (Sindmed-AC)