Geral
Sesacre informa que foram registrados 216 novos casos de coronavírus nesta quarta, 4
A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), por meio do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS), informa que foram registrados 216 novos casos de coronavírus nesta quarta, 4 de janeiro. O número de infectados notificados é de 159.189 em todo o estado.
Até o momento, o Acre registra 365.378 notificações de contaminação pela doença, sendo que 206.177 casos foram descartados e 12 exames de RT-PCR aguardam análise do Laboratório Central de Saúde Pública do Acre (Lacen). Pelo menos 151.062 pessoas já receberam alta médica da doença.
Os dados da vacinação contra a covid-19 no Acre podem ser acessados no Painel de Monitoramento da Vacinação, disponível no endereço eletrônico: http://covid19.ac.gov.br/vacina/inicio. As informações são atualizadas na plataforma do Ministério da Saúde (MS) e estão sujeitas a alterações constantes, em razão das informações inseridas a partir de cada município.
Nenhum óbito foi notificado nesta quarta, 4, fazendo com que o número oficial de mortes por covid-19 permaneça em 2.040 em todo o estado.
Sobre os casos de covid-19 no estado, acesse:
BOLETIM_AC_COVID_04_01__2023
Sobre a ocupação de leitos no estado, acesse:
http://covid19.ac.gov.br/monitoramento/leitos
Comentários
Geral
Adolescente é apreendido com arma de fogo e mãe é presa por desacato durante ação policial no bairro Cidade do Povo
Policiais da Força Tática do 2° BPM encontraram escopeta calibre 28 com menor de 17 anos. Mulher foi detida após agredir e ofender os militares durante a abordagem

O comportamento do rapaz levantou suspeitas, levando a equipe a realizar a abordagem. Foto: cedida
Um adolescente de 17 anos foi apreendido na noite deste sábado (22) durante uma ação da Força Tática do 2° Batalhão da Polícia Militar (2° BPM) no bairro Cidade do Povo, em Rio Branco (AC). O menor foi flagrado portando uma escopeta calibre 28 municiada, além de duas munições intactas. A ocorrência também resultou na prisão de uma mulher, que reagiu à abordagem com desacato e resistência.
A ação ocorreu na Rua Railson Nascimento, região conhecida por conflitos entre facções criminosas, como o Bonde dos 13 e o PCC. Durante o patrulhamento, os policiais avistaram um casal saindo de uma construção em uma área escura. O comportamento suspeito do rapaz motivou a abordagem, que revelou a posse ilegal da arma.
Enquanto os militares realizavam a revista, Maria Cleurilene Carneiro Ponciano, de 40 anos, identificada como mãe do adolescente, interferiu na ação. Segundo relatos, ela estava embriagada e passou a proferir ofensas contra os policiais, além de investir fisicamente contra a equipe. Para conter a agressão, os militares utilizaram gás de pimenta.
O adolescente foi apreendido e encaminhado à Delegacia de Flagrantes (Defla), onde foram tomadas as providências cabíveis. A mulher também foi levada para a Defla, acusada de desacato e resistência à prisão. O caso reforça os desafios enfrentados pela polícia em áreas de conflito e a importância de ações estratégicas para coibir a circulação de armas e a violência na capital acreana.
Comentários
Geral
TJAC nega transferência de preso de alta periculosidade e mantém detento em unidade de segurança máxima no Acre
Desembargadores indeferem pedido da defesa de José Pereira da Silva, alegando risco à segurança pública e vínculos com organização criminosa. Decisão reforça necessidade de manter o detento no Sistema Disciplinar Diferenciado

Desembargadora Denise Bonfim disse que o Juízo da Execução Penal fundamenta sua decisão na comprovação da vinculação do agravante com organização criminosa e em sua alta periculosidade. Foto: cedida
Os desembargadores da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) negaram o pedido de transferência de José Pereira da Silva, reeducando recolhido na Unidade de Readaptação Social Antônio Amaro Alves, considerada de segurança máxima.
O recurso, impetrado pela defesa do detento, pedia a mudança para outra unidade prisional, onde ele poderia ficar mais próximo da família e cumprir o restante da pena. No entanto, a decisão unânime da corte manteve o preso no regime de alta segurança, citando sua periculosidade e vínculos com organizações criminosas.
A defesa de José Pereira argumentou que a transferência seria essencial para sua ressocialização, já que ele possui vínculos familiares na localidade de destino e a unidade solicitada teria condições adequadas para o cumprimento da pena.
No entanto, a Desembargadora Denise Bonfim, relatora do caso, destacou que o direito do preso de cumprir a pena próximo ao meio social e familiar, previsto no artigo 103 da Lei de Execução Penal, não é absoluto. Segundo ela, a decisão foi baseada em relatórios de inteligência que apontam a participação do detento em atos que comprometeram a segurança institucional, incluindo a suposta ordem de ataques contra servidores do sistema prisional.
“A decisão que indefere o pedido de transferência de preso, quando fundamentada na sua periculosidade e na necessidade de preservar a ordem e a segurança do sistema carcerário, não viola direitos do apenado”, afirmou a desembargadora. Ela ressaltou ainda que o detento ocupa uma posição de liderança dentro de uma organização criminosa, o que justifica sua permanência no Sistema Disciplinar Diferenciado (RDD), destinado a presos considerados de alta periculosidade.
Com a decisão, José Pereira da Silva continuará custodiado na unidade de segurança máxima, onde estão os presos mais perigosos do sistema penitenciário do Acre. A corte reforçou que a medida visa garantir a segurança pública e a ordem dentro do sistema carcerário, priorizando esses aspectos sobre o pedido de transferência.

Unidade de Readaptação Social Antônio Amaro Alves, considerada de segurança máxima. Foto: cedida
Comentários
Geral
Tráfico se desloca do céu para os rios e recruta ribeirinhos na Amazônia
Com o céu mais vigiado, o tráfico “desceu” para as rotas fluviais e gerou novos desafios de monitoramento e combate, pois comunidades antes isoladas estão sendo recrutadas para o crime

Policiais vistoriaram bagagem de passageiros em barco no Amazonas: tráfico muda logística na Amazônia. Foto: Murilo Rodrigues/ATUAL
Com Sindarma
Com o reforço aéreo implementado em 2004, conhecido como “Lei do Abate”, para combater o tráfico de drogas na Amazônia, traficantes trocaram o céu pelos rios para escoar drogas na região. A mudança na logística do tráfico inclui cooptar comunidades ribeirinhas para apoio ao crime organizado.
A afirmação é dos pesquisadores Leila Pereira, Rafael Pucci e Rodrigo R. Soares no estudo “Aterrissando na água: interdição aérea, tráfico de drogas e violência na Amazônia brasileira” e integra o projeto Amazônia 2030.
“O tráfico de drogas é um dos principais fatores de violência e instabilidade social na América Latina. Na Amazônia brasileira, sua dinâmica é intensificada pela vastidão territorial e pela complexa rede de rios e florestas que facilitam o transporte de substâncias ilícitas”, dizem os pesquisadores.
O levantamento detalha as características geográficas da região, a falta de habitantes por metro quadrado, as distâncias e as dificuldades de fiscalização dos crimes.
Também afirma que o Brasil, em 2002, adotou medidas para melhorar o controle sobre o espaço aéreo. “O Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM-SIPAM) e o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV) foram criados com o objetivo de aumentar a capacidade de interceptação de voos ilegais. Em 2004, com a infraestrutura de monitoramento em funcionamento, o Brasil implementou uma política de interdição aérea, conhecida como ‘Lei do Abate’, com o objetivo de combater o tráfico de drogas”, citam os pesquisadores.

Aeronave com drogas foi incendiada a pousar no interior do Amazonas: maior vigilância aérea. Foto: Divulgação/Polícia Federal
Com o céu mais vigiado, o tráfico “desceu” para as rotas fluviais e gerou novos desafios de monitoramento e combate, pois comunidades antes isoladas estão sendo recrutadas para o crime. “As populações que antes estavam relativamente isoladas, agora se encontram no epicentro de atividades ilegais com um aumento considerável na violência. O deslocamento para as rotas fluviais trouxe novos desafios: os barcos, ao contrário dos aviões, precisam de apoio logístico em diversas localidades. Isso significa que as comunidades ao longo das rotas estão sendo cada vez mais expostas às organizações criminosas e à violência”, afirmam os estudiosos no levantamento.
“Essa dinâmica aumenta o risco de envolvimento das populações locais nas atividades criminosas, especialmente dos jovens”, complementam.
No estudo os pesquisadores analisaram municípios com menos de 100 mil habitantes localizados na porção oeste da Amazônia, na área está mais próxima à fronteira dos Andes, que forma uma rota fluvial natural para o transporte de cocaína de países produtores, como Peru e Colômbia, para Manaus.
“Os resultados indicam que aproximadamente 1.430 homicídios registrados entre 2005 e 2020 podem ser atribuídos ao deslocamento do tráfico de cocaína causado pela política de interdição aérea”, diz a pesquisa.

Maconha apreendida em barco abordado por soldados do Exército na fronteira do Brasil com a Colômbia. Foto: CMA/Divulgação
Os pesquisadores propõem quatro ações para reduzir o impacto da logística fluvial do tráfico: fortalecer o monitoramento das rotas aquáticas, promover a educação e a capacitação nas comunidades locais, investir em alternativas sustentáveis para a região e ampliar a cooperação internacional.
Outro problema nas rotas fluviais são os assaltos em embarcações que transportam combustíveis e outros derivados de petróleo, feitos por “quadrilhas de piratas”.
Segundo o Sindarma (Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas), as balsas são monitoradas via satélite e possuem câmeras e dispositivos de alarme. “Desde 2022, com autorização dos órgãos competentes e apoio das distribuidoras de combustível, as balsas passaram a contar com escoltas armadas de segurança privada, contratadas pelas próprias empresas de navegação. Estas escoltas reduziram significativamente o sucesso das quadrilhas de piratas”, diz o sindicato.
O Sindarma não soube informar de quanto foi a redução nas ocorrências de ataques piratas às embarcações.
Você precisa fazer login para comentar.