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Servidores públicos fazem ato em frente à Aleac e ameaçam greve geral no Acre

Mobilização cobra respostas do governo às pautas protocoladas por sindicatos; Saúde pode deflagrar paralisação própria após assembleia nesta semana

O presidente Sintesac, Jean Lunier, afirmou que o ato é uma ação conjunta de todo o funcionalismo, mas que o setor da Saúde realizará uma assembleia específica ainda esta semana. Foto: cedida 

Servidores públicos de diferentes categorias realizaram, na manhã desta quarta-feira (2), uma mobilização em frente à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), em Rio Branco. O ato cobra do governo estadual uma resposta concreta às pautas de reivindicação protocoladas por sindicatos nos últimos meses.

A manifestação, que reuniu representantes de diversas áreas do funcionalismo, acende o alerta para uma possível greve geral no estado — com exceção das forças de segurança pública, que por lei não podem aderir à paralisação.

Entre os setores presentes, os trabalhadores da Saúde foram os que mais se destacaram. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Acre (Sintesac), Jean Lunier, a categoria deve realizar uma assembleia nesta sexta-feira (5) para decidir os próximos passos.

“A proposta foi entregue ao governo, e aguardávamos uma resposta até hoje. Como não houve retorno, o cenário de paralisação se fortalece”, afirmou Lunier.

A mobilização desta quarta-feira é uma ação conjunta das categorias, que reivindicam melhorias salariais, condições de trabalho e avanços nos direitos dos servidores. Durante o ato, líderes sindicais reforçaram a cobrança por diálogo efetivo com o Executivo.

Os trabalhadores seguem protestando contra a morosidade do governo em sentar à mesa de negociações. Foto: captada 

“As perdas inflacionárias, considerando apenas o período que o Gladson assume, que é de janeiro de 2019 a abril de 2025, a gente detectou uma perda inflacionária, neste período, de 40,72%. O governo Gladson já integralizou algumas parcelas, que eles estão chamando de revisão geral anual neste período todo. Mas, no nosso estudo encontramos uma necessária reposição de 20,39% para recomposição de perdas inflacionárias dos servidores do poder de compra. Esse valor, na verdade, é permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, mesmo o Estado estando acima do limite prudencial”, destaca Gerlino Nunes, presidente do Sintegesp (Sindicato dos Gestores de Políticas Públicas e Técnicos de Gestão Pública do Estado do Acre).

Os manifestantes devem percorrer às avenidas Getúlio Vargas e Brasil e encerrar os protestos em frente à Casa Civil do Governo do Acre. A manifestação segue ao longo do dia em frente à Aleac, e a expectativa é de que novas ações sejam anunciadas caso o governo não se posicione até o fim da semana.

O ato público tem como principal objetivo alertar o governo estadual a apresentar propostas às pautas de reivindicação protocoladas pelos sindicatos nos últimos meses. Foto: captada 

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Publicado por
Marcus José