Servidores do TJ/AC iniciam greve em busca de melhorias e reajustes

“O Judiciário mostra hoje que está tudo às mil maravilhas, e na realidade nós estamos passando por um grande atropelo”, disse um dos manifestantes

Da redação, com Alamara Barros

Na manhã desta segunda-feira (10), os servidores do poder Judiciário do Acre iniciaram a greve que estava prevista após uma Assembleia Geral realizada na última quarta-feira (5), as principais reivindicações são o aumento do auxílio saúde, que atualmente é de R$400, e alguns pontos do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) que desde 2013 não foi regulamentado.

De acordo com o diretor administrativo do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Acre (Sinspjac), Queffren Rêgo, a categoria está há seis meses tentando negociar com a presidência do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), e por não haver nenhum acordo, só em Rio Branco, mais de 200 servidores resolveram paralisar as atividades. A mobilização foi realizada no prédio dos Juizados Especiais.

Os servidores do judiciário do município de Brasiléia, também aderiram à greve, onde deixaram um grande faixa em frente ao prédio e registraram o momento. Representante do Sindicato esteve na comarca para entregar os documentos das reivindicações dos funcionários.

“O único valor reajustado foi o auxílio alimentação, mas as diárias, banco de horas e o nosso PCCR, que desde a aprovação em 2013 não foi regulamentado, já estamos há mais de seis meses tentando negociar e receber. Na semana passada, quando realizamos a Assembleia, demos mais dois dias para a presidência do TJ e como não obtivemos nenhuma manifestação resolvemos parar as atividades. Os oficiais de justiça também resolveram apoiar greve, isso quer dizer que intimações e mandados de penhora não serão entregues”, disse Rêgo.

Para o servidor Sharle Almada, o Poder Judiciário do Acre passa hoje por um momento muito singular, no qual se divulga um cenário totalmente diferente da realidade:

“O Judiciário mostra hoje que está tudo às mil maravilhas, e na realidade nós estamos passando por um grande atropelo, com falta de servidores, demandas grandes de serviços e a administração infelizmente reporta isso de forma contrária e é uma das nossas indignações. O maior motivo dessa greve é a questão do nosso salário que está bastante defasado e no nosso PCCR foi contemplado essa equiparação salarial que não foi cumprida até agora. Por isso, infelizmente, temos que adotar essa postura, mas não podemos deixar nossos direitos de lado”, desabafou.

Comentários

Compartilhar
Publicado por
Alexandre Lima