“O Judiciário mostra hoje que está tudo às mil maravilhas, e na realidade nós estamos passando por um grande atropelo”, disse um dos manifestantes
Da redação, com Alamara Barros
De acordo com o diretor administrativo do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Acre (Sinspjac), Queffren Rêgo, a categoria está há seis meses tentando negociar com a presidência do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), e por não haver nenhum acordo, só em Rio Branco, mais de 200 servidores resolveram paralisar as atividades. A mobilização foi realizada no prédio dos Juizados Especiais.
Os servidores do judiciário do município de Brasiléia, também aderiram à greve, onde deixaram um grande faixa em frente ao prédio e registraram o momento. Representante do Sindicato esteve na comarca para entregar os documentos das reivindicações dos funcionários.
“O único valor reajustado foi o auxílio alimentação, mas as diárias, banco de horas e o nosso PCCR, que desde a aprovação em 2013 não foi regulamentado, já estamos há mais de seis meses tentando negociar e receber. Na semana passada, quando realizamos a Assembleia, demos mais dois dias para a presidência do TJ e como não obtivemos nenhuma manifestação resolvemos parar as atividades. Os oficiais de justiça também resolveram apoiar greve, isso quer dizer que intimações e mandados de penhora não serão entregues”, disse Rêgo.
Para o servidor Sharle Almada, o Poder Judiciário do Acre passa hoje por um momento muito singular, no qual se divulga um cenário totalmente diferente da realidade:
“O Judiciário mostra hoje que está tudo às mil maravilhas, e na realidade nós estamos passando por um grande atropelo, com falta de servidores, demandas grandes de serviços e a administração infelizmente reporta isso de forma contrária e é uma das nossas indignações. O maior motivo dessa greve é a questão do nosso salário que está bastante defasado e no nosso PCCR foi contemplado essa equiparação salarial que não foi cumprida até agora. Por isso, infelizmente, temos que adotar essa postura, mas não podemos deixar nossos direitos de lado”, desabafou.