Uma das investigações da Polícia Civil, que apura o assalto ocorrido na noite de segunda-feira (10) na sede do Departamento de Estradas e Rodagens do Acre (Deracre), em Rio Branco, chegou à conclusão de que o crime pode ter tido participação de servidores do próprio órgão governamental. Isso porque, segundo os agentes, o bando tinha informações precisas e tiveram facilidade para conseguirem fugir.
O bando armado formado por cerca de 10 pessoas fugiu levando três caminhonetes Triton, justamente os veículos que não têm monitoramento. “Eles [assaltantes] sabiam demais, o que não é comum numa situação normal”, comentou um dos investigadores.
Desde que iniciaram as investigações, policiais civis levantaram várias hipóteses, e a de que os assaltantes tenham recebido ajuda de gente do próprio Deracre parece ser uma das mais evidentes. Os veículos levados foram recentemente alugados, faziam parte da Seinfra, e não tinha sistema de GPS.
O delegado responsável pelo inquérito policial já tem a relação das pessoas que inicialmente prestarão depoimento na Delegacia de Combate de Roubo e Extorsões (DCORE). Todos os intimados até momento foram feitos reféns durante o assalto. São eles: Ernesto Ferreira de Souza, João Francisco Salomão, Renilda Ximenes Muniz, Petrônio Antunes, Luiz Cláudio Lima de Souza, José Inácio Correa e Jaime da Cruz Cavalcante.
A perícia tentou encontrar vestígios que ajudem a identificar alguns dos envolvidos no assalto, devendo o resultado ser encaminhado ao delegado responsável pelo inquérito nos próximos 15 dias.