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Sem risco iminente de cheias alarmantes no Acre, diz pesquisador Davi Friale

“Pelo menos por enquanto, não há previsão de cheias alarmantes no Acre” – David Friale, pesquisador meteorológico.

Meteorologista aponta “leve tendência” de chuvas acima da média, mas sem sinais de enchentes graves. Defesa Civil segue em alerta com a aproximação do inverno amazônico

Com a aproximação do inverno amazônico, período conhecido pelas intensas chuvas na região, cresce a preocupação com possíveis enchentes e transbordamentos de rios no Acre. No entanto, o pesquisador meteorológico Davi Friale afirmou que, pelo menos por enquanto, não há previsão de cheias alarmantes no estado, como as registradas no início de 2024.

A análise foi publicada no site O Tempo Aqui, onde Friale compartilha previsões meteorológicas. Segundo ele, a projeção atual não indica um cenário de enchentes severas.

“No momento, não há a menor possibilidade de se prever, com consistência científica, se haverá ou não enchentes e cheias alarmantes causadas pelo transbordamento de rios no Acre”, destacou o pesquisador.

Friale explicou que, com base em comparações de dados de anos anteriores e na análise das condições atmosféricas e oceânicas atuais, o que se observa é uma tendência de chuvas um pouco acima da média até abril de 2025. “Lembramos que não se trata de previsão, mas de uma tendência, conforme as nossas análises de situações meteorológicas atuais, comparando-as com registros de décadas”,acrescentou o meteorologista.

Alerta permanece, mas sem pânico

Apesar da previsão de normalidade, a Defesa Civil segue em estado de atenção, considerando a imprevisibilidade do clima na Amazônia. As autoridades costumam redobrar a vigilância nos primeiros meses do ano, já que, historicamente, entre janeiro e março o volume de chuvas aumenta e, em alguns casos, provoca o transbordamento dos principais rios do estado, como o Rio Acre.

No início de 2024, diversas cidades acreanas enfrentaram enchentes que atingiram centenas de famílias e causaram prejuízos significativos. O temor de uma repetição desse cenário faz com que as ações preventivas e os planos de emergência sejam intensificados a partir de dezembro.

O inverno amazônico e seus desafios

O chamado inverno amazônico não está relacionado às temperaturas frias, mas sim ao período de alta incidência de chuvas, que ocorre geralmente de novembro a abril. As chuvas intensas impactam a navegação fluvial, a segurança em áreas de encosta e a vida de comunidades ribeirinhas, especialmente nas cidades que têm bairros próximos aos rios.

Embora a análise de Davi Friale traga uma perspectiva de normalidade climática, as autoridades continuam monitorando o comportamento dos rios e as condições meteorológicas. O objetivo é evitar que as enchentes peguem as comunidades de surpresa e garantir uma resposta ágil em caso de emergência.

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Publicado por
Alexandre Lima