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Sem obra efetiva de contenção, bairro no interior do Acre ainda corre risco de ‘romper’ e fazer parte da Bolívia

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Sem obra efetiva de contenção, bairro no interior do Acre ainda corre risco de ‘romper’ e fazer parte da Bolívia — Foto: Alexandre Lima

Por Tácita Muniz, g1/AC

Com cheia e vazante do Rio Acre, ponto possível de rompimento está com 64 metros de largura, segundo pesquisa.

O problema de infraestrutura do bairro Leonardo Barbosa, em Brasileia, no interior do Acre, continua ameaçando parte do território brasileiro. Há muitos anos, o movimento das águas do Rio Acre na região afeta uma parte do bairro, que pode romper e passar a integrar a Bolívia, país vizinho no qual o Acre faz fronteira.

O total dessa área, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), é de 44 hectares. O bairro fica na periferia da cidade e tem cerca de 1,1 mil moradores, segundo a Assistência Social do município.

O fato de sempre o rio estar enchendo e vazando faz com que essa estrutura mude ao longo do tempo. O problema ficou ainda mais crítico em 2015, quando ocorreu uma das maiores enchentes, que acabou preocupando ainda mais os moradores.

“Esse comportamento dos rios no Acre é comum em razão da composição do solo por onde os mesmos correm. O terreno é arenoso-argiloso, sem leito rochoso. Assim, o leito dos nossos rios vão mudando na medida em que a força de suas águas “cavam” novos caminhos”, explica Evandro José Linhares Ferreira, engenheiro agrônomo, com mestrado e doutorado em Plant Science pela City University of New York.

Ainda, segundo o Inpa, a situação está estabilizada, mas não é possível ver alguma obra efetiva para contornar o problema. No ponto de possível rompimento, a largura, que havia passado de cerca de 80 metros em julho de 2005, diminuiu para apenas 59 metros em setembro de 2013, voltando a se expandir para cerca de 64 metros em agosto de 2017. A última medição foi de julho de 2021.

Mapa explica como seria o rompimento — Foto: Inpa/MCTI

“Mas, pelo que se observa nas imagens, nenhuma providência foi tomada pelo governo brasileiro, como, por exemplo, construir barreiras de contenção em concreto para impedir o processo erosivo que daqui a alguns anos certamente provocará o rompimento do Rio Acre na parte mais estreita da tênue ligação terrestre do bairro Leonardo Barbosa à cidade de Brasiléia”, alerta o pesquisador.

O rompimento, segundo Ferreira, acabaria tornando esse território de 44 hectares boliviano.

“Vale ressaltar que pelo Tratado de Petrópolis, que definiu a incorporação do Acre ao Brasil em 1903, a fronteira do Brasil e Bolívia no local que apresenta a erosão é a calha do Rio Acre. Assim, se houver o rompimento do barranco e o Rio Acre “abandonar” o meandro que atualmente circunda o bairro Leonardo Barbosa, em teoria, todo o bairro passaria a fazer parte do território boliviano visto que a calha do rio mudaria e o meandro em torno do referido bairro viraria um lago.”

Atualmente, o bairro não tem presidente, mas o ex-ocupante desse cargo e morador da região Saulo Firmino de Lima diz que algumas medidas foram tomadas e até melhoraram, mas que essa questão acaba interferindo em algumas obras que podem beneficiar a região.

“Fizeram um trabalho que foi bom, que até hoje não tivemos problemas. O que nos afeta é a questão das ruas, porque acabam não fazendo, porque tem essa questão desse risco aí. E também muita gente acabou se mudando do bairro”, pontua.

g1 entrou em contato com a prefeitura para saber se alguma obra é estudada para aquela área, mas não obteve retorno até esta publicação.

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Prefeitura promove diálogo com a comunidade do Km 13 linha 09 para debater melhorias

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Na manhã deste sábado (04), a equipe da prefeitura local realizou uma importante reunião com os moradores da comunidade do Km 13 linha 09. O encontro teve como objetivo discutir diversas demandas locais e buscar soluções em prol do desenvolvimento da região.

Dentre as pautas debatidas, destacaram-se as melhorias necessárias nos ramais da área, visando facilitar o acesso e o escoamento da produção agrícola. Além disso, foram abordados benefícios destinados aos produtores locais, os quais serão viabilizados por meio da Secretaria de Agricultura.

O evento contou com a presença do Gerente de Ramais, Francisco Lima, e da Secretária de Agricultura, Ana Kelly, que trouxeram suas contribuições e esclareceram dúvidas dos participantes.

Essa iniciativa reforça o compromisso da administração municipal em promover um diálogo aberto e transparente com a comunidade, buscando atender às suas necessidades e proporcionar melhorias significativas em sua qualidade de vida.

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VÍDEO: Estudantes de medicina e Forças de Segurança Bolivianas recebem curso de suporte vital básico em aeroporto

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Uma oportunidade única tem sido oferecida aos estudantes de medicina e às forças de segurança da Bolívia: um curso intensivo de suporte vital básico em aeroportos. Essa iniciativa, proporcionada gratuitamente pelas forças de segurança bolivianas, em especial pela Aeronáutica, visa capacitar profissionais para lidar com resgates e primeiros socorros em situações de emergência aeroportuária.

O curso, com duração de 15 dias, teve início recentemente e está previsto para encerrar nesta próxima terça-feira, dia dia 7. Durante esse período, os participantes têm a oportunidade de aprimorar suas habilidades e conhecimentos em técnicas de resgate de vítimas e prestação de primeiros socorros em acidentes aeroportuários.

A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Faculdade Domingos Savio UPDS e as forças de segurança da Bolívia, evidenciando o compromisso conjunto com a formação e capacitação de profissionais preparados para lidar com situações críticas nos aeroportos do país.

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Produtores de café passam por oficina e dão ao Acre a 2ª maior produção do Norte

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Produtores de café do interior do Acre participaram de capacitação com técnicos da EmbrapaFotos cedidas.

Leônidas Badaró – Durante essa semana, produtores de café do interior do Acre tiveram a oportunidade de participar de uma oficina prática sobre colheita e pós-colheita dos cafés robustas amazônicos.

A capacitação aconteceu nos municípios de Mâncio Lima, Cruzeiro do Sul e Acrelândia, polos importantes da produção cafeeira no estado. Conforme Michelma Lima, agrônoma e especialista em café da Secretaria de Agricultura, o objetivo do curso é melhorar a qualidade do café produzido no Acre.

“Esse curso é para melhorarmos a qualidade do que é produzido. Ainda temos alguns desafios como a colheita no período certo, os palestrantes mostram o ponto certo da maturação do grão para a colheita, lavagem, seleção do grão. Estamos promovendo conhecimento para aprimorar a produção. Temos também informações sobre a secagem correta, foi um treinamento muito importante para quem quer agregar mais qualidade ao seu café e alcançar novos mercados”, explica.

O Acre tem hoje a segunda maior produção de café na Região Norte, ficando atrás de Rondônia, que é um dos maiores produtores do país. Ocorre que a produção acreana, estimada no ano passado de 46 mil sacas de café, é muito abaixo do potencial que tem o estado, que reúne condições de clima e solo apontadas como ideais para a produção.

Um dos palestrantes do curso, o pesquisador da Embrapa Henrique Alves, diz que o Acre está seguindo a trilha de desenvolvimento. “O Acre tem investido em tecnologia, visitando as lavouras a gente percebe que existe uma boa vontade para a cadeia do café. O estado começou desde o ano passado um movimento de qualidade do café, assim como aconteceu em Rondônia, o estado vai evoluir na qualidade e isso vai trazer novas possibilidades de renda e mais reconhecimento do café acreano”, explica.

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