Seleção brasileira completa 100 anos sem clima para festa

CBF recusou homenagens na semana em que deve oficializar retorno de Dunga

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Nesta segunda-feira, faz cem anos que a seleção brasileira fez sua primeira partida, uma vitória por 2 a 0 em amistoso contra o Exeter City, da Inglaterra, em 21 de julho de 1914, no estádio das Laranjeiras, no Rio de Janeiro. A data foi praticamente ignorada pela CBF, que vive clima de turbulência depois do fiasco na Copa do Mundo, ao ser eliminada nas semifinais pela Alemanha e sofrer a maior goleada de sua história. Apesar da presença do Exeter City, clube que disputa a quarta divisão da Inglaterra, no Brasil, a CBF recusou a realização de uma partida em homenagem ao centenário. Nesta semana, a seleção mais vitoriosa do futebol mundial está ocupada em formar a nova comissão técnica e definir o treinador, que deve ser Dunga, a ser anunciado nesta terça-feira.

Dunga dirigiu a seleção entre 2006 e 2010 e deve enfrentar rejeição da torcida. Em pesquisa feita pelo programa Fantástico, da Rede Globo, no domingo, Dunga recebeu 85% de reprovação popular. Seu antecessor, Luiz Felipe Scolari, também deixou o cargo sob protestos, após terminar em quarto no Mundial.

A CBF publicou duas notas em homenagem ao centenário, em seu site, uma delas relembrando os cinco títulos mundiais e a outra em referência à primeira partida da história. O único evento oficial relacionado à data foi realizado neste domingo, sem a presença da CBF. A iniciativa partiu do Exeter City, que veio ao Rio para disputar um amistoso contra o time sub-23 do Fluminense, no mesmo estádio das Laranjeiras de cem anos atrás. Cerca de 150 torcedores ingleses prestigiaram a turnê e acompanharam o empate em 0 a 0.

O Exeter chegou a procurar a CBF para tentar organizar um amistoso para reviver o encontro de 1914, mas a ideia não foi adiante pela proximidade de datas com a Copa. A entidade brasileira não deve fazer nenhum evento para celebrar o aniversário. Em sua primeira partida, o Brasil ganhou do Exeter com gols de Oswaldo Gomes e Osman.

Feola, técnico da seleção, Gylmar e Bellini segurando a Taça Jules Rimet, após a conquista da Copa do Mundo em 1958, na Suécia – Arquivo/Correio da Manhã

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Publicado por
Alexandre Lima