Vídeo: Partidos e deputados do Acre ameaçam abandonar governo

Seis partidos aliados ao PT no Acre criaram uma frente política independente e já não se submetem às ordens do governador Tião Viana. Este foi o recado dado na manhã desta quarta-feira, em coletiva à imprensa, pelos dirigentes do PDT, PTN, PRB, PRP, PSDC e PPL. Esses partidos elegeram sete deputados, alcançaram 127 mil votos em 2014 e, apesar disso, os cargos que detém no governo não representam nem 10% do privilégio dado ao PCdoB, principal aliado do Palácio Rio Branco. O governador foi execrado na Assembléia, após a descoberta de que ele foi a Brasília pedir a substituição dos presidentes do PFT e PSDC no Acre.

O grupo faz três exigências para não abandonar de vez o governo: que nenhum cargo indicado por esses partidos seja mexido pelo governo; que o candidato a vice-prefeito seja indicado por eles, e não mais pelo PCdoB; e que o deputado federal Alan Rick não seja “expulso” da base aliada. As exigências estão num documento intitulado “Unidos pelo Acre”. Será se nós só fomos importantes até 2014? O PSDC e os demais partidos não se prestarão mais a esse tipo de política rasteira do PT. Não tem mais volta”, declarou o deputado Eber Machado (PSDC). O presidente do PRP, Júlio César, comunicou a todos que já foi chamado a conversar com o governador. No entanto, o grupo está coeso, e não atenderá chamados individuais. “Ou ele (o governador) fala com todos) ou pode desistir dessa cooptação”, disse. “Nós somos governo e não governamos”, afirmou o presidente do PSDC, Afonso Fernandes. “Nós elegemos o governador Tião Viana. A FPA tem 14 partidos e 16 deputados. Não vão mais fazer a gente de bobo”, afirmou o deputado Raimundinho da Saúde.

Os deputados e dirigentes partidários disseram que pediram audiência com Tião Viana para comunicar a decisão, mas não foram recebidos.  Assista ao vídeo feito pela reportagem de Veja Política durante a reunião com a imprensa.

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Publicado por
Alexandre Lima