Seca reflete na queda da produção da bacia leiteira no estado

Nos municípios de Plácido de Castro, Senador Guiomard, Capixaba e Porto Acre. “Mantemos um resfriador nas proximidades do trevo de Senador Guiomard que nos permite um dia sim, outro não passar com o caminhão”

A seca que castiga a região já reflete na falta do leite pasteurizado de cada dia nas padarias e mercearias espalhados pelos bairros da capital acreana.

Os consumidores não encontram mais o queijo mussarela, minas frescal e queijo coalho nas prateleiras das redes de supermercados dos laticínios locais. “Tivemos de reduzir a produção em 50% por falta de leite natura”, lamentou o empresário Marcelo Nobre, proprietário do laticínio Buriti.

A empresa recebe apenas sete mil litros de leite por dia, mas primeiros meses deste ano chegava comprar em torno de 15 mil litros. Por falta da matéria-prima teve de reduzir em três dias, o prazo para produção de leite pasteurizado destinado os clientes que trabalham com a linha do laticínio Buriti.

Como o mercado leva em conta a lei da oferta e da procura, o litro de leite natura chega a custar R$1.035 no curral. Para manter o seu estabelecimento com as portas abertas, precisa comprar o produto dos criadores de gado leiteiro nos municípios de Plácido de Castro, Senador Guiomard, Capixaba e Porto Acre. “Mantemos um resfriador nas proximidades do trevo de Senador Guiomard que nos permite um dia sim, outro não passar com o caminhão”, comentou o gerente da empresa.

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A produção leiteira no estado chega em torno 43.309 mil litros de leite, para um rebanho estimado em torno de 56.620 vacas de ordenha. A produção de leite por vaca/ano chega a casa dos 765 litros, porém, a produção média por vaca beira a casa dos 3,3 litros por dia.

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Produção

Em 2019, a produção acreana de leite alcançou 42 mil litros, com um declínio de 1,3% em relação a 2018. Apesar de Acrelândia despontar como o município com o maior produção de leite natura, pois responde por 11,0% da quantidade total – registrou uma redução de 6,0% em relação a 2018. O efetivo de vacas ordenhadas, em 2019, alcançou 56,6 mil de animais, 0,8% maior em relação ao ano anterior.

Os Três maiores destaques municipais nesse segmento dois apresentaram acréscimos em seus plantéis, com exceção de Plácido de Castro (-2,4%), Feijó (7,8%) e Senador Guiomard (5,0%), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Plácido de Castro continuou com o maior rebanho leiteiro do Estado, com a marca de 5.074 cabeças, o equivalente a 9,0% do total estadual, enquanto Feijó seguiu em segundo lugar, com 5.034 vacas leiteiras e Senador Guiomard na terceira posição, com 4.810 animais.

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Publicado por
A Tribuna