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Seca intensa eleva focos de incêndio no Acre em 2024 239,13% em relação ao mesmo período do ano anterior

A forte seca que vem atingindo o estado do Acre já apresenta seus efeitos negativos, com um aumento significativo no número de focos de incêndio em 2024, em comparação aos anos anteriores. Segundo o painel de queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), até este sábado (15), o Acre já registra 78 focos de incêndio, enquanto em 2023 esse número era de apenas 23. Esse aumento representa um crescimento de 239,13% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Apesar do crescimento expressivo, os dados só são alarmantes quando comparados ao ano anterior. Desde o início do monitoramento dos focos de incêndio, em 1998, apenas em 2020 foram registrados mais focos no mesmo período nos 27 anos observados.

No panorama nacional, apenas três estados superaram o Acre no crescimento percentual de focos de incêndio em comparação ao ano anterior. São eles: Rio de Janeiro, com um aumento de 244%; Mato Grosso do Sul, com 259%; e Roraima, com 266%.

Em âmbito nacional, o aumento nos focos de incêndio foi de 57%. Nos territórios que compõem a Amazônia Legal, o acréscimo foi ainda maior, atingindo 80% no mesmo período.

Estados com Redução e Crescimento nos Focos de Incêndio

Enquanto alguns estados registraram um aumento alarmante, outros conseguiram reduzir os focos de incêndio. A Paraíba teve uma redução de 38%, o Amapá de 53% e o Rio Grande do Sul de 62%. Entre os biomas do Brasil, apenas os Pampas apresentaram uma redução nos focos de incêndio, com uma queda de 80%, enquanto o Pantanal registrou um crescimento alarmante de 1.418%.

O aumento significativo nos focos de incêndio, especialmente em estados como o Acre, ressalta a urgência de medidas eficazes para controle e prevenção de incêndios florestais, sobretudo em períodos de seca intensa.

Monitoramento dos focos ativos por Bioma

Comparação do total de focos ativos detectados pelo satélite de referência em cada mês, no período de 1998 até 15/Jun.

Fonte: Inpe

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Publicado por
Alexandre Lima