Da redação, com Fábio Pontes
De forma correta e prudente o governador Sebastião Viana (PT) decidiu prorrogar o decreto que institui a “situação de emergência social” na fronteira por conta da imigração haitiana. Agora, para evitar a imigração de seus votos para a oposição, Viana precisa decretar “situação de emergência partidária” dentro de seu partido.
Quem acompanha as últimas movimentações reclama que o clima não é o dos melhores, onde qualquer um pode virar inimigo, um entregando o outro, um clima de verdadeiro Big Brother.
Este ambiente é péssimo para os planos eleitorais do governador. Ou Tião Viana faz uma intervenção, ou mais alguns dias o diretório petista pode ser explodido. E todo este clima tenso está se espalhando pelas demais legendas da Frente Popular.
É notório que Tião Viana quer deixar os dirigentes livres para conduzirem esta fase inicial do processo. Mas ao que parece não estão dando conta do recado, e Tião Viana precisa assumir o timão. A situação é urgente, o governador precisa entrar com mão de ferro, ou um novo Titanic se afundará nas águas barrentas do rio Acre.
Dentro do PT o problema mais recente foi a caravana de Anibal Diniz (PT) pelo Alto Acre na semana passada. A revelação de que o superintendente do Incra, Idézio, usou um veículo oficial do órgão para participar do evento ocasionou uma caça às bruxas. O objetivo é saber quem passou a informação para a imprensa.
Os aliados do senador veem na atitude ação do grupo de Francisco Nepomuceno, o Don Juan Carioca, pois ele é o principal interessado em desgastar as pretensões de Anibal, para fazer valer a vontade do Palácio Rio Branco por Perpétua Almeida (PCdoB).
Funções públicas
Muito se questionou sobre o trabalho da imprensa em revelar o Cariogate. Era dever do bom jornalismo assim proceder. As pessoas envolvidas são servidores públicos, ocupam funções importantes, é dever dos jornais fiscalizá-los. Houve a ocorrência de um crime conforme o BO. Por muito menos, casos como estes em países de “democracia avançada” resultam em renúncias e demissões.
Correta a postura do secretário Nilson Mourão (Direitos Humanos)em se posicionar de forma dura, ao informar que, aberta a denúncia-crime, o seu auxiliar seria afastado da função. Seria inconcebível para a pasta de Direitos Humanos ter em seus quadros uma pessoas denunciada por agressão física contra uma mulher. Ainda nesta segunda ele se encontrou com Tião Viana para tratar do assunto.
Rasteiras
Quem levou uma rasteira por estes dias foi o deputado Jonas Lima (PT). Após apoiar a eleição de Burica para a prefeitura de Rodrigues Alves, Jonas Lima recebeu a informação de que o prefeito vai lançar a mulher como candidata à Assembleia Legislativa. Seria a repetição de Francisco Deda, ex-gestor