Saúde na fronteira está decadente e na UTI

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Alexandre Lima

O Hospital de Clínica Raimundo Chaar, localizado em Brasiléia, cidade situada na fronteira do Acre e distante a 240km da Capital, talvez esteja passando por sua pior situação dos últimos anos, no que se refere à cuidados dados pelo Governo petista de Sebastião Viana.

Mesmo construindo um novo prédio onde promete cuidar de quatro cidades, mas que está atrasado em suas obras a dois anos, o velho hospital está se deteriorando com o tempo e esquecido por quem o utiliza como propaganda política.

Sem ser incomodado pelo Ministério Público Estadual, os casos vem se acumulando e a população sofrendo, junto com os profissionais que um dia prometeram ajudar, mas, estão tendo que fazer ‘cotinha’ para comprar álcool e luvas para poder trabalhar.

Paciente esperando para dar luz encima da cama sem lençol.Paciente esperando para dar luz encima da cama sem lençol.

Paciente esperando para dar luz encima da cama sem lençol.

Lençóis velhos e rasgados estão sendo disponibilizados aos pacientesLençóis velhos e rasgados estão sendo disponibilizados aos pacientes

Lençóis velhos e rasgados estão sendo disponibilizados aos pacientes

As reclamações não param. Falta de medicamentos, equipamento para esterilizar, oxigênio (foi reabastecido), o aparelho de raio-x somente é utilizado em casos de emergência, senão, deve-se ir procurar hospitais e clinicas no lado boliviano, que estão se transformando coisas cotidianas.

Para piorar, a máquina de lavar roupas vem quebrando quase toda a semana. Dessa forma, um simples parto passa a ser um perigo, fazendo com que as grávidas fiquem na fila para serem transferidas para a Capital, caso seja necessário.

Nesta quarta, dia 12, uma mãe, senhora Sandra Maria Lopes de Azevedo (40), levou sua filha para dar a luz. A sala de espera das grávidas onde possui macas, estão forradas (quando tem), com restos de panos cheios  de furos.

Máquina de lavar roupas

O pós-parto, sequer tem lençóis e estão com o forro rasgado e foi comunicado que a maquina de lavar estaria danificada novamente. “Como é que irei para a Capital acompanhar minha filha se for necessário? Tenho outros filhos menores e um pai de 90 anos um dos últimos Soldados da Borracha que está numa cadeira da rodas, sem ter ninguém para cuidar e nem copo descartável tem aqui no hospital”, desabafou.

Há tempos os profissionais que ali trabalham, estão sem segurança na unidade e demais prédios públicos. Já foi registrados casos de ameaças por bêbados e familiares de pacientes revoltados pela falta do básico no hospital.

O Não foi possível falar com o diretor do Hospital, Senhor Borges, pelo número ***17-**22.

Enfermaria pós parto

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Alexandre Lima