Saúde confirma que adolescente de 16 anos morreu de dengue grave em Cruzeiro do Sul

Essa foi a terceira morte por dengue grave no município de Cruzeiro do Sul em três meses. Cidade enfrenta surto da doença desde o ano passado.

Adolescente de 16 anos morreu no último dia 2 de janeiro no Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul — Foto: Reprodução Rede Amazônica Acre

Por Iryá Rodrigues, G1 AC

A causa da morte da adolescente de 16 anos no último dia 2 de janeiro na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, foi dengue grave. A informação foi confirmada, nesta segunda-feira (20), pela Vigilância Epidemiológica do município.

O coordenador da Vigilância Municipal, Nicolau Abdalah, informou que o exame de sorologia confirmou a causa da morte da adolescente, que não teve o nome revelado. Essa foi a terceira morte por dengue grave no município em três meses.

A adolescente, que morava no bairro Santa Helena, deu entrada no hospital com quadro clínico grave e com suspeita de dengue. Ela chegou a dar entrada duas vezes na UPA da cidade, mas teve alta. Em seguida, ao chegar no Hospital do Juruá, foi encaminhada direto para a UTI em estado grave.

Outros óbitos por dengue

No dia 6 de novembro, a comerciante Neiva Nascimento, de 42 anos, morreu no mesmo hospital. De acordo com a Saúde do município, o exame de sorologia confirmou que ela morreu por dengue grave.

A segunda morte foi pouco tempo depois, no dia 28 de novembro. A vítima foi uma mulher de 46 anos, que não teve o nome o revelado pela Saúde.

Uma idosa de 75 anos que morreu no mesmo hospital no dia 2 de dezembro. Ela também estava com suspeita de dengue grave, mas, segundo o coordenador, o exame descartou que a morte foi causada pela doença.

Para tentar reduzir casos de dengue, município de Cruzeiro do Sul tem feito verdadeira força-tarefa — Foto: Divulgação/Vigilância Epidemiológica

Cidade em surto da doença

A cidade de Cruzeiro do Sul vive um surto de dengue desde o ano passado. Segundo dados da Vigilância Epidemiológica, entre o dia 1º e 17 de 2020, foram registrados 715 casos suspeitos da doença. Dos casos, 284 foram confirmados, outros 202 foram descartados e 225 seguem sob investigação.

Os bairros Remanso, Várzea, Cobal, Telégrafo, Cruzeirão e São José são os que concentram a maior parte do número de casos registrados da doença e apresentam maior incidência do mosquito, segundo a Saúde municipal.

Para tentar reduzir os casos, o município tem feito uma verdadeira força-tarefa. Mais de 20 agentes foram contratados para trabalhar no combate à dengue e duas unidades de saúde ficam abertas das 7h às 19h para atender a população.

“A prefeitura está executando um trabalho de educação em saúde, com Exército e parceria de outras instituições, fazendo esses arrastões de educação e de limpeza nos bairros e domicílios. O trabalho começou em novembro e não parou ainda. Nossas unidades estão todas abertas para receber a população, com equipes treinadas e também temos sete pontos para coletas de exame”, disse o coordenador da Vigilância, Nicolau Abdalah.

O coordenador pede a ajuda da população para o combate à doença. “Temos em média 450 pessoas envolvidas nessas ações. A população de Cruzeiro do Sul chega a 89 mil habitantes, e se eles se unirem conosco nesse combate ao mosquito acredito que vamos ter êxito e vamos vencer essa guerra contra o mosquito”.

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Publicado por
G1 Acre