Santa Casa do Acre vai testar vacina de Oxford e Fiocruz contra COVID-19

A produção industrial no país poderá chegar a casa dos 30 milhões de doses e submissão de registro à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em janeiro de 2021, pois a vacina será produzida pela Fiocruz.

Cezar Negreiros - Com informações da assessoria da Fiocruz

A Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz – anunciou ontem que a Santa Casa de Misericórdia do Acre foi selecionada para participar da próxima etapa de testagem em massa da  vacina contra o coronavírus que vem sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford, em parceria com outros países.

A previsão que até o fim desse mês ao começo do próximo um lote das doses do medicamento para cerca de 70 voluntários deve ser encaminhado ao Acre para ser aplicado moradores do estado, selecionado para analisar as condições de testes em quem vive em regiões tropicais como Floresta Amazônica. “Estamos dando a sua parcela de contribuição para que o medicamento possa cumprir o último protocolo para aprovação de registro à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, declarou o consultor da Santa Casa, Hally Dias.

Destacou que o Acre foi selecionado pela Fiocruz,  porque está localizado em uma região tropical. A expectativa das instituições participantes que a nova vacina tenha uma eficácia de 100% e que não registre nenhum efeito colateral como ocorreu com um voluntário na Inglaterra. “Estamos confiantes fe que na hora em que chegar a medicação não faltarão candidatos, ligados a área de saúde disposto a se voluntariar”, ponderou.

A Santa Casa de Misericórdia do Acre também está credenciada para testagem da vacina do laboratório Chinês que trabalha em parceria com o Instituto Butantan de São Paulo. Assim que for disponibilizado o lote de teste estarão convocados os voluntários para ajudarem a ciência encontrar a cura para o coronavírus que já matou mais de 150 mil brasileiros.

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Os pacientes selecionados para a tomar a dose serão acompanhados por uma equipe de especialistas nesta etapa final do  programa de busca de uma vacina

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A produção da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford deve chegar em torno de 100 milhões de doses ao longo do primeiro semestre do próximo ano se tudo transcorrer dentro do planejado. A produção industrial no país poderá chegar a casa dos 30 milhões de doses e submissão de registro à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em janeiro de 2021, pois a vacina será produzida pela Fiocruz.

Com 120 anos de tradição na produção de vacinas, a instituição conquistou em 1930  o reconhecimento internacional com a transferência de tecnologia para a vacina da febre amarela. A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima em entrevista concedida a imprensa destacou a longa trajetória da instituição na produção de vacinas, mas com os desafios impostos pela pandemia para o desenvolvimento e produção da vacina contra a covid-19.  Apontou que até janeiro de 2021, o ingrediente farmacêutico ativo para finalizarem a produção das primeiras doses na Fiocruz, com a entrega das 30 milhões de doses da primeira etapa, seguindo a previsão de 100 milhões de doses no primeiro semestre, e a possibilidade de 100 a 165 milhões de doses no segundo semestre, dependendo da complexidade do processo de incorporação da tecnologia. Falou destas  fases de aprovação e incorporação, definição de grupos prioritários e logística de distribuição das doses no país.

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Publicado por
A Tribuna

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