“Estamos dispostos a trabalhar com a ONU para evitar qualquer impacto indesejável das nossas sanções na segurança alimentar mundial”, afirmou Borrell em um artigo publicado em seu blog oficial.
O chefe da diplomacia europeia denunciou “a escolha política consciente da Rússia de ‘militarizar’ as exportações de cereais e de usá-las como ferramenta de chantagem contra qualquer um que se oponha à sua agressão” na Ucrânia.
Se as exportações ucranianas por navio não forem retomadas, “uma catástrofe alimentar mundial” pode acontecer, alertou Borrell.
“A Rússia transformou o mar Negro em uma zona de guerra, bloqueando os envios de grãos e fertilizantes procedentes da Ucrânia (…) e também aplica cotas e taxas às suas próprias exportações de cereais”, completou.
Segundo ele, as sanções impostas pelo bloco não proíbem a Rússia de exportar grãos, desde que as pessoas ou entidades incluídas na lista negativa europeia não estejam envolvidas nas operações.
“Estamos totalmente conscientes de que há uma ‘guerra de narrativas’ sobre esta questão” das sanções, acrescentou Josep Borrell.