Um dos maiores fisiculturistas da história, Ronnie Coleman viveu o auge entre o fim da década de 1990 e o início dos anos 2000. Oito vezes campeão do Mr. Olympia, o norte-americano nascido em Louisiana parecia imbatível. Porém, depois da aposentadoria, em 2007, “O Rei” vem sofrendo com problemas sérios de saúde, já tendo passado por 13 cirurgias. Confira, nesta reportagem, como está o fisiculturista hoje em dia.
Maior campeão da história do Olympia, Coleman estreou no circuito profissional em 1992 e rapidamente se destacou pelo físico impressionante e pela densidade muscular única para a época. Conciliando as carreiras de policial e a fisiculturista, o atleta estreou nos palcos do maior campeonato de fisiculturismo do mundo em 1996 e deu início ao seu reinado dois anos depois.
Foram oito títulos conquistados por Coleman, de 1998 e 2005, sempre superando o próprio físico do ano anterior. Em 2006, o norte-americano ficou em 2º lugar, perdendo para o compatriota Jay Cutler, em um dos embates mais memoráveis da história do fisiculturismo.
Depois de outra derrota no Olympia, em 2007, Coleman decidiu guardar os pesos e se aposentar das competições. Foi nessa época que descobriu o quanto o corpo vinha sofrendo após tantos anos de treino intenso sem descanso.
Coleman contou em entrevista que deslocou a hérnia de disco pela primeira vez em 1996, em uma sessão de agachamentos, mas só passou por consulta com médicos especialistas após a aposentadoria, mais de 11 anos depois. De lá para cá, são 13 cirurgias nas costas, nos quadris e nas pernas.
Um dos diagnósticos recebidos pelo ex-atleta é o de osteoartrite, condição crônica que afeta as cartilagens e faz com que as articulações se movam com menos fluídez, quase como se estivessem enferrujadas. Além disso, Coleman também teve problemas na coluna cervical, principalmente nos nervos – resultado dos vários anos de treino com altíssimos pesos.
Estima-se que Coleman já tenha gastado milhões de dólares em procedimentos médicos para tentar recuperar o corpo. Em 2020, o ex-fisiculturista chegou a dizer que nunca mais conseguiria andar sem ajuda de um andador, mas, de lá para cá, já fez aparições caminhando, ainda que com dificuldade.
Em uma entrevista dada ao apresentador Joe Rogan, Coleman explicou que, mesmo que sentisse dores durante os anos profissional, a tensão das competições e a vontade de vencer impediam que parasse.
Dessa maneira, com o envelhecimento do corpo e o estresse liberado depois da aposentadoria, todos os problemas médicos, como o deslocamento da hérnia, os problemas nos nervos da coluna cervical e a osteoartrite, vieram à tona.
Para além das cirurgias, Coleman conseguiu monetizar sua imagem, atuando como garoto-propaganda de marcas de suplementos e outros produtos do mundo fitness. Além disso, soma mais de 15 milhões de seguidores nas redes sociais.