Da reunião entre as partes, ficou decido a realização de um estudo para verificar qual a melhor ação e onde esta deve ser impetrada. “É provável ser uma ação direta no Supremo Tribunal Federal [STF] ou, com menos probalidade, no Tribunal de Justiça do Estado [TJAC] para acabar de vez com este abuso”, comentou Rocha.
Marajás aposentados com quatro anos de serviço
O deputado disse não ser admissível a existência de uma minoria de marajás, com poucos anos de prestação de serviço se aposentarem: “Na atualidade Estado do Acre gasta por ano mais de R$ 3,5 milhões com o pagamento de pensões a ex-governadores e dependentes. Isso tem de acabar”.
Sem privilegiados
Para Rocha, não se pode exigir sacrifícios da população, como quer o governo Temer com as mudanças na aposentadoria, enquanto uma minoria tem estes benefícios absurdos.
“Nesse momento em que se defende as mudanças na previdência e onde dificilmente alguém vai conseguir atingir o teto de R$ 5 mil, tem um grupo de marajás recebendo R$ 360 mil ao ano depois de apenas quatro anos no cargo”, ressaltou.
O deputado destacou ainda o fato de que enquanto o Acre gasta milhões em aposentadorias ilegais de marajás, milhares de pessoas padecem sem atendimento nas filas dos hospitais e postos de saúde.
Ação anterior no STF foi extinta
Por conta da emenda parlamentar do deputado Gehlen Diniz (PP), acabando as pensões para os ex-governadores, a ação anterior que tramitava o STF perdeu o objetivo e foi extinta. Com isso, ex-governadores como Jorge Viana e Binho Marques continuam recebendo mais de R$ 30 mil ao mês, além de outros salários, como o de senador recebido por aquele.
Ainda em 2015, o STF decidiu acabar com a pensão vitalícia dos ex-governadores do Pará. A pensão havia sido instituída na Constituição daquele Estado o Pará e o correspondia ao salário de um desembargador do TJ local. A ação foi proposta pela OAB e levou quatro anos para ser julgada.