Rocha diz que não se deve criar entraves para o desenvolvimento econômico do Acre

Empresários entregaram um documento com várias propostas para o fortalecimento da indústria de confecções ao vice-governador

O vice-governador, Wherles Rocha, acompanhado da secretária de Empreendedorismo, Eliane Sinhasique, conheceram na tarde desta terça-feira, 29, as instalações de uma fábrica de confecções localizada no bairro Nova Esperança, em Rio Branco.

Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Confecções do Acre(Sincon), Abraão Figueiredo, o estado possui um grande potencial para expansão da atividade econômica. Atualmente, o setor emprega duas mil pessoas, porém, este quantitativo representa apenas 30% da capacidade empregatícia da indústria acreana de confecções. Segundo Figueiredo, a crise financeira nacional e a alta carga tributária são as principias responsáveis pela baixa oferta de postos de trabalho no ramo.

Rocha em visita à fábrica de confecções/Foto: ascom

Durante o encontro, os empresários entregaram um documento com várias propostas para o fortalecimento da indústria de confecções ao vice-governador. Além da revisão do percentual dos tributos, os empresários pedem a criação de um programa de compras governamentais da produção local, simplificação e isenção de ICMS(Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) na compra de equipamentos.

Outra solicitação da categoria diz respeito à importação do algodão de Pima peruano. O país vizinho produz a espécie que é considerada a melhor do mundo para a indústria têxtil.

A matéria-prima que chega ao Acre percorre mais de 3,5 mil quilômetros. Com a importação do algodão do Peru, a distância cairia para 500 quilômetros.

Visita ocorreu na terça-feira/Foto: ascom

“Nosso pedido para a nova gestão é que desburocratize a entrada do algodão de Pima no estado. Hoje, o imposto cobrado para trazer esta mercadoria é de 27%, o que torna a importação inviável. Se mudanças forem feitas, teremos uma grande economia de frete e um excelente produto a oferecer para os nossos clientes”, explicou.

Segundo a secretária de Empreendedorismo, Eliane Sinhasique, todo esforço será feito para reduzir embaraços que dificultam a compra do produto.

“O Acre não vai deixar de ganhar se reduzir a alíquota de importação do algodão do Peru, hoje, esse comércio não existe por causa dos altos impostos. Pelo contrário, se houver a facilitação da entrada desse produto, o Estado do Acre vai ganhar com a arrecadação de impostos”, argumentou.

A indústria da confecção no Acre

O Estado do Acre possui 93 indústrias de confecção de vestuário e uma empresa de confecção de calçados. A maioria das fabricas está localizada nos municípios de Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Sena Madureira e Brasileia. Por dia, o setor tem capacidade de produzir 25 mil peças de roupas e 1,2 mil pares de calçados. Duas mil são empregadas, diretamente, na indústria local.

Somente a empresa visitada pelo vice-governador, Major Rocha, atua no mercado acreano há 30 anos. Especializada em uniformes profissionais, a fábrica possui modernas máquinas capazes de alcançar produção mensal de cinco mil peças e emprega 30 trabalhadores.

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Publicado por
Agência Acre