A capital acreana, Rio Branco, teve mais de 800 notificações de casos suspeitos de dengue nos últimos 15 dias. Por conta do aumento dos casos de arboviroses, o prefeito Tião Bocalom assinou, nesta quinta-feira (23), o decreto de emergência em saúde. O documento deve ser publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) na segunda (27).
O Acre decretou, no dia 9 de janeiro, emergência em saúde pública por conta do aumento de casos de dengue e síndromes respiratórias (SRAGs). O estado, inclusive, foi o13º estado em incidência de dengue no Brasil em 2024 e o segundo maior da região Norte, ficando atrás apenas do Amapá, conforme os dados emitidos pelo Painel de Monitoramento das Arboviroses, atualizados até o último dia 27 de dezembro.
“A gente está decretando para poder facilitar o trabalho. O decreto é válido por 90 dias, podendo ser prorrogado por mais 90 dias se necessário. Em 2021, quando assumimos, a dengue estava explodindo, matou três pessoas naquele ano e não queremos que isso aconteça novamente. Por isso estamos decretando situação de emergência”, disse o prefeito Tião Bocalom durante coletiva nesta quinta.
Durante coletiva nesta quinta, o secretário de Saúde, Rennan Bihts, afirmou que foi feito um levantamento em dezembro do ano passado que revelou um índice de infestação predial de 10,3%.
Após a coleta desses dados, iniciou-se o mutirão de limpeza nos bairros da capital para retirar os focos de larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue e outras doenças.
A ação foi o pontapé na mobilização contra a doença durante o período de inverno. Segundo ele, nas últimas duas semanas, o número de notificações tem passado de 400 por semana.
“Apesar de todo esforço, observamos um crescimento das nossas notificações nas unidades de saúde. Isso chama atenção, requer medidas imediatas e o decreto nos dar a possibilidade de dar uma resposta mais rápida para a população”, disse.
Todas as idades são capazes de ter a doença. Porém, as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas como diabetes, hipertensão arterial, gestantes, crianças menores de 2 anos e idosos acima de 65 anos, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.