Rio Branco-AC x Trem-AP: jogadores protestam contra Lei Geral do Esporte em confronto da Série D

Jogadores de ambos times protestaram durante 20 segundos após apito inicial contra Lei Geral do Esporte, conforme descrito na súmula da partida. Atletas alegam perdas de diretos trabalhistas

Os jogadores do Rio Branco-AC e Trem-AP protestaram contra as mudanças na nova Lei Geral do Esporte, nesse domingo (17), no estádio Florestão, na capital acreana, em confronto válido pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série D.

Wilker, atacante do Rio Branco-AC, põe mão na boca em protesto contra Lei Geral do Esporte — Foto: Arquivo pessoal/Manoel FaçanhaWilker, atacante do Rio Branco-AC, põe mão na boca em protesto contra Lei Geral do Esporte — Foto: Arquivo pessoal/Manoel Façanha

Wilker, atacante do Rio Branco-AC, põe mão na boca em protesto contra Lei Geral do Esporte — Foto: Arquivo pessoal/Manoel Façanha

Logo após o apito inicial, jogadores dos dois times ficaram 20 segundos parados com as mãos na boca. O protesto foi registrado pelo árbitro Tiago Ramos de Oliveira, da Paraíba, na súmula da partida.

A reivindicação dos jogadores é por conta do Projeto de Lei que teve o texto aprovado na Câmara dos Deputados há quase duas semanas e seguirá para nova análise no Senado. Os atletas alegam perdas de direitos trabalhistas.

Trecho da súmula de Rio Branco-AC x Trem-AP descreve protesto dos jogadores em campo — Foto: Reprodução/CBFTrecho da súmula de Rio Branco-AC x Trem-AP descreve protesto dos jogadores em campo — Foto: Reprodução/CBF

Trecho da súmula de Rio Branco-AC x Trem-AP descreve protesto dos jogadores em campo — Foto: Reprodução/CBF

Com a bola rolando, o Rio Branco-AC venceu por 3 a 0 o Trem-AP, que já estava eliminado. O resultado garantiu o Estrelão na vice-liderança do grupo 1 com 27 pontos. O time acreano enfrenta o Pacajus-CE na segunda fase da Série D.

Entre as reclamações do novo projeto está o aumento dos atuais 40% para 50% a fatia da remuneração que pode ser paga como direito de imagem, além da possibilidade de parcelamento e redução da multa rescisória.

Hoje o valor mínimo da multa é igual ao que resta ser pago em salários até o fim do contrato – e deve ser pago à vista em caso de demissão. O projeto prevê a possibilidade de redução e de parcelamento caso clube e atleta entrem em acordo.

O novo texto também prevê que, caso o atleta assine contrato com outro clube antes de receber o que devia, o empregador anterior fica isento de pagar o restante se o salário do novo clube for maior que no contrato rescindido. Se for menor, deverá ser paga apenas a diferença.

Ao mesmo tempo que é criticado por jogadores, o Projeto de Lei é elogiado pelos clubes. O protesto foi registrado em vários jogos do futebol brasileiro, inclusive na Série A.

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Publicado por
G1