A estiagem continua fazendo com que o Rio Acre na regional do alto acre apresente níveis alarmantes para o período. Neste domingo, 15, conforme sua medição, o manancial atinge novo recorde, apenas 0,68m de lâmina de água.
A reportagem do oaltoacre.com, vem monitorando a situação, que já havia registrado anteriormente, no último dia 22 de agosto, um nível de 73 centímetros no Rio Acre. Este foi o menor índice já observado na região durante a segunda quinzena de agosto, abrangendo os municípios de Brasiléia e Epitaciolândia no Brasil, e Cobija na Bolívia.
Desde aquela data, o nível do rio manteve-se relativamente estável. No entanto, a medição da última segunda-feira, 9 de setembro, indicou uma leve elevação de um centímetro, passando para 74 centímetros. Esse pequeno aumento foi mantido até a última sexta-feira, 13, e o nível continuou inalterado no sábado, 14 de setembro.
A situação crítica do Rio Acre, monitorada de perto pela Defesa Civil Municipal e reportada pelo jornal O Alto Acre, tem gerado preocupações significativas entre as autoridades locais. Neste domingo, 15 de setembro, o nível do manancial registrou 0,68 centímetros, marcando a maior baixa histórica na região do Alto Acre, que faz fronteira com o departamento de Pando, na Bolívia.
Comparado ao mês de agosto deste ano, a situação é ainda mais alarmante. O Rio Acre, que abrange os municípios de Brasiléia e Epitaciolândia no Brasil, e Cobija na Bolívia, atingiu uma marca preocupante, superando o recorde anterior de seca. A segunda menor cota histórica foi registrada em 25 de agosto de 2024, com 0,69 metros.
A queda acentuada no nível do rio destaca a severidade da estiagem e suas implicações para a região. As autoridades continuam a monitorar a situação de perto e a implementar medidas de emergência para lidar com os impactos desta crise hídrica.
A Defesa Civil Municipal e outras autoridades locais estão intensamente envolvidas na monitoração da situação e na implementação de medidas para mitigar os efeitos desta crise hídrica sem precedentes.
O principal receio é o possível desabastecimento na fronteira, situação vivida pelos moradores de Epitaciolândia nos últimos dias, uma situação que contrasta fortemente com o cenário vivido pelos moradores em fevereiro deste ano. Naquela ocasião, o Rio Acre alcançou a impressionante marca de 15,58 metros, resultando em inundações que afetaram cerca de 80% do município.
O comandante da Defesa Civil Estadual, coronel Carlos Batista, responsável, junto à Casa Civil, pela gestão do gabinete, explicou que o Estado está atuando em conjunto com as Defesas Civis Municipais monitorando e avaliando os impactos da seca extrema.
Os recursos solicitados pelo governo do Acre para enfrentamento à grave seca e combate a incêndios no estado já estão aprovados pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec). Dos R$ 10,9 milhões, R$ 4,5 milhões são para enfrentamento à estiagem e R$ 6,4 milhões para combate a incêndios.
As melhorias na rede de captação e distribuição de água nos municípios pelo Saneacre, com foco em mitigar os impactos da escassez hídrica; Monitoramento diário das Salas de Vigilância e Situação da Saúde e Meio Ambiente; Elaboração de boletins diários, pela Sema, sobre a qualidade do ar, clima, dos rios e igarapés, focos de queimadas e alertas de desmatamento; Reforço do efetivo do Corpo de Bombeiros para atuar em todos os municípios do Acre, entre outras acoes que deram feitas no estado com os recursos disponibilizados pelo governo federal.