Coluna da Alessandra | Com Alessandra Marques
Como um Brasil ético e justo pode superar o Brasil em que o Estado foi capturado por políticos corrompidos ou corruptores, por uma parte do mercado corruptora ou corrompida e por uma parte de suas autoridades que aplaude e se alimenta do Estado sequestrado?
Só há três coisas a serem feitas: os eleitores precisam dizer não ao atual estado de coisas e os que não mais suportam esse estado de coisas precisam participar da política, precisamos de reforma política e as instituições e poderes precisam ser renovados com urgência.
É aparentemente difícil saber o que é pior: o político corrupto, o mercado que precisa de um Estado capturado ou as autoridades que precisam de privilégios ofertados pelo dinheiro público e pelo Estado sequestrado para que possam sobreviver como se fossem donas da coisa pública. Eu sei o que é pior, pelo que tenho vivenciado.
Nada pode ser pior do que a conivência ou a participação direta de autoridades públicas com o ilícito! Quem opera o Direito, quem precisa cumprir as normas jurídicas não pode se apropriar do interesse e do dinheiro que não lhe pertencem, porque são do povo! No Brasil, contudo, há uma espécie de conspiração de políticos, do mercado e de autoridades para que se possa manter as coisas como estão.
Essa galera não estaria bem como está, se não fosse o sequestro do Estado. Num mundo real e menos injusto, onde é preciso trabalhar, ser bom no que faz, competir sem perseguir, sem destruir o outro, essa galera não sobrevive. Precisamos fazer com que essa gente seja afastada do Estado.
Ou fazemos isso, renovando o Estado, ou estaremos eternamente atados aos que se acham donos ou inquilinos do poder. Parte dessa gente precisa ser investigada, processada é punida com prisão e perda de seus cargos. Precisamos construir um país mais justo, onde o Estado não seja propriedade de canalhas, e nesse trabalho o lugar dos maus é na prisão e longe de cargos públicos!