O Ministro do Governo, Eduardo Del Castillo, relaciona o presidente do Movimento ao Socialismo (MAS), Evo Morales, com pelo menos quatro questões que geram desestabilização no Governo de Luis Arce.
Eduardo Del Castillo, garantiu que desde o primeiro ano de gestão o dirigente cocaleiro, só pensa na sua reeleição.
Em entrevista ao canal de televisão F10, Del Castillo foi questionado se considerava que Morales pretendia encurtar o mandato de Arce. O ministro foi claro e confirmou que o ex-presidente já estava nesse cargo há algum tempo.
“Antes de completar um ano de mandato, visitei Evo Morales, quando as relações políticas ainda não estavam fragmentadas, lá em Villa Tunari, no departamento de Cochabamba, e ele me disse: ‘Como vai, ministro, está tudo bem?’ Digo-lhe que vão me proclamar candidato e que temos de falar sobre eleições.’ Não tínhamos nem um ano de governo e ele já pensava em novas eleições”, disse Del Castillo.
O ministro disse que antes da eleição de Arce o ambiente político acreditava que o MAS era Evo Morales, mas que durante esta gestão ficou comprovado que este partido político transcendia aquele líder. Fez referência aos 3,4 milhões de votos que obteve.
Por outro lado, Del Castillo reafirma que Evo Morales, sendo uma pessoa ligada ao narcotráfico, afirmou contraditoriamente que não tem “nenhum elemento de convicção” para apresentar uma queixa criminal contra o presidente do seu partido. Segundo dados da Força Especial de Combate ao Narcotráfico (Felcn), 7 em cada 10 fábricas de drogas foram encontradas no município de Villa Tunari, centro político do MAS e bases que apoiam ao ex-presidente Evo Morales.
Del Castillo especificou que nos trópicos de Cochabamba existem seis federações de cocaleiros, mas que é em Villa Tunari, onde “o chefe é Evo Morales”. Nesse sentido, reiterou sua pergunta sobre os excedentes de cultivos de coca naquela região.
O Ministro do Governo referiu-se também aos conflitos sociais, que na opinião do Governo Arce, são promovidos por Morales, para encurtar o seu mandato.
“Não esqueçamos que Evo Morales disse que o Governo tinha um plano negro contra ele, quando gerou mobilizações para desgastar o Governo do atual presidente do partido Mas”, disse.