Com informações de Sandra Assunção
Polícia e serviços de emergência acionados após descoberta de corpo de recém-nascido que apresentava sinais de mordidas pelo corpo.
Neste sábado, 1º de junho, moradores do bairro da Portelinha, no município de Porto Walter, no interior do Acre, encontraram o corpo de um recém-nascido em frente a um terreno baldio. Urubus e cachorros já haviam devorado partes do corpo, que era de uma menina.
O corpo foi descoberto nas primeiras horas da manhã por um mototaxista, que encontrou o natimorto parcialmente devorado pelos animais em um terreno em frente à sua casa. “Eu acho que foi alguma mulher que abortou. Parecia ser tipo uma criança de uma gravidez de 5 meses. Do tamanho daquelas bonecas de criança”, relatou o mototaxista, acrescentando que não conhece nenhuma mulher grávida na vizinhança que pudesse ter abortado.
A Polícia Militar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados e removeram o corpo do local. A enfermeira Jamila Ferreira da Silva, da Vigilância Epidemiológica de Porto Walter, esclareceu que o corpo é de um natimorto, não de um feto. “Segundo as normas, como o corpo tem 525 gramas e mais de 30 centímetros, não é considerado um feto e sim um natimorto, um recém-nascido. Já tinha olhos, pés, mãos, crânio formado. Mesmo que tenha sido um aborto, não é mais um feto. Imagino que seria uma gravidez de cerca de até 6 meses. Os animais comeram muitas partes e aqui não há perícia para termos mais detalhes”, explicou.
A enfermeira expressou preocupação com a saúde da mãe da criança, enfatizando a ausência da placenta no local e o risco de hemorragia. “Pedimos que ela procure a Unidade Mista de Saúde de Porto Walter para atendimento”, solicitou.
O policial civil Da Cruz afirmou que o caso está sendo investigado e que a identificação da mãe é a prioridade. “É difícil afirmar algo ainda. Estamos tentando identificar a mãe”, disse ele.