“PT que se perpetuar no poder para não deixar ‘companheirada’ desempregada”, diz jornalista

Este quarto ano de Tião Viana comprova que ele não teve a capacidade de reinventar a roda.

Fábio Pontes, da Agência ContilNet

A cada dia o Brasil e o Acre tornam-se laboratórios perfeitos para o estudo da ciência política sobre os malefícios ocasionados pela ocupação prolongada do poder por um grupo político, não preocupado em continuidade para assegurar conquistas sociais ou econômicas, mas tão somente para evitar a inclusão da “companheirada” na lista de desempregados do Ministério do Trabalho.

No plano nacional a economia vai de mal a pior. Enquanto vizinhos como Peru e Paraguai experimentam taxas de crescimento invejáveis, aqui o nosso “pibinho” só nos deixa broxados. Os sinais são claros de que caminhamos para uma recessão, a inflação destrói nosso poder de compra e os companheiros estão em alerta não por estes sinais, mas pela reeleição de Dilma Rousseff em ameaça constante.

E aqui nestas bandas onde o vento faz a curva nunca é demais lembrar as crises por que passamos diariamente. O assassinato de uma funcionária do Hospital de Sena Madureira reflete bem a falência acreana em dois segmentos: da saúde e da segurança pública. Uma trabalhadora inocente ficou no fogo-cruzado de bandidos que queriam roubar as armas dos vigilantes.

Não é de hoje que a terceira maior cidade do Acre sofre com a violência. Por lá a comunidade é vítima do estado paralelo implementado pelas gangues e quadrilhas de traficantes. Este crime bárbaro no hospital é um reflexo do descontrole da criminalidade.

É perceptível para qualquer cidadão a falta de projetos da Frente Popular, o discurso está vencido. Enquanto insistem em passar a imagem de um Acre a mil maravilhas, a população sente na pele os danos da acomodação da perpetuação no poder. Quem mais paga são os mais carentes, com hospitais sem uma cartela de remédio e o aparelho de Raio-X tirado de uma unidade para outra apenas para as fotografias da inauguração.

A perpetuação na estrutura do Estado tem beneficiado só os apaniguados da Frente Popular; estes não querem mudança pois coloca em risco seus privilégios. Não se quer aqui apagar o legado de governos como de Jorge Viana ou Binho Marques, mas não há mais justificativas de permanência no poder quando a falência das políticas públicas do grupo há 16 anos no comando do Acre começa a colocar em risco a integridade física dos cidadãos.

Este quarto ano de Tião Viana comprova que ele não teve a capacidade de reinventar a roda. Ele mudou algumas peças do tabuleiro da administração, mas os erros continuaram –e até pioraram. Continuamos no mesmo patamar, não estamos andando para a frente, há uma sensação de retrocesso, a mesma sentida por todos os brasileiros de norte a sul.

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Publicado por
Alexandre Lima