Os partidos que polarizam a disputa política nacional desde 1994, PSDB e PT, podem voltar a repetir, no Acre em 2014, a queda de braço pelo Palácio Rio Branco. No Acre o duelo entre petistas e tucanos é mais recente, vindo a ser consolidado em 2010, quando a diferença entre Tião Viana e Tião Bocalom foi de pouco mais de cinco mil votos.
Em 2012, PSDB e PT tiveram o embate dos embates. Os tucanos começaram em vantagem, com Bocalom liderando todas as pesquisas isolado. Mesmo com um candidato desconhecido, Marcus Alexandre (PT), apoiado pelo uso da máquina, obteve a virada e a vitória apertada no segundo turno.
De olho neste crescimento e vendo o bom momento do partido tanto a nível local quanto nacional, Márcio Bittar deixou o PPS e disputou a Câmara dos Deputados em 2010 no novo ninho; foi o candidato mais bem votado.
Depois de sucessivas disputas e derrotas como majoritário, Bocalom sai de cena e deixa espaço para Márcio Bittar. O deputado é o nome dos tucanos para enfrentar Tião Viana (PT) em sua tentativa de reeleição. Nos bastidores Bittar se articula para viabilizar a candidatura e trabalha pela candidatura única.
A se viabilizar como candidato ao governo em 2014, Bittar coloca o PSDB como principal adversário do PT. Hoje Tião Viana é o favorito para vencer, mas a série das últimas disputas deixa o governo em atenção para não cair na “zona de conforto”.
O crescimento constante das candidaturas oposicionistas ocasionada pelo desgaste do poder é o principal motivo de preocupação para o PT. Márcio Bittar é visto como o candidato capaz de diminuir a rejeição do eleitorado aos oposicionistas que fazem campanhas majoritárias sem o devido preparo técnico.
Fábio Pontes