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Projeto da ferrovia bioceânica pode deixar Alto Acre e seguir pela BR-364 até o Peru

A proposta é que a ferrovia seja estendida até Pucallpa, cidade que fica a apenas 181 quilômetros, em linha reta, de Cruzeiro do Sul

O projeto da ferrovia bioceânica, que vai ligar o Brasil ao Peru, partindo da Bahia até o porto de Chancay, no Oceano Pacífico, pode sofrer mudanças no trecho que atravessa o Acre. Em vez de passar pela região do Alto Acre, como previsto inicialmente, a linha pode seguir o traçado da BR-364, rumo a Cruzeiro do Sul, e cruzar a fronteira até Pucallpa, cidade peruana localizada no Departamento de Ucayali.

A possibilidade de mudança foi apontada em um artigo publicado pelo jornal El Comercio, um dos maiores do Peru, publicado na última quinta-feira (17). A matéria se baseia em informações obtidas pelo jornalista Carlos Gonzales, que teve acesso a detalhes do projeto ferroviário do governo peruano.

Estão previstos 51 quilômetros de pontes, 156 quilômetros de túneis e 97 quilômetros de viadutos/ Foto: Reprodução

De acordo com o ministro da Economia e Finanças do Peru, Raúl Pérez Reyes, a intenção do governo é modernizar e ampliar a Ferrovia Central Andina, que hoje liga Cerro de Pasco a Lima, capital do país. A proposta é que a ferrovia seja estendida até Pucallpa, cidade que fica a apenas 181 quilômetros, em linha reta, de Cruzeiro do Sul.

“Nossa responsabilidade é conectar melhor as cidades peruanas, e isso passa por levar a ferrovia até o litoral. Vamos elaborar os termos de referência para esse projeto”, disse o ministro durante um evento na cidade de Huánuco.

A proposta prevê não apenas a construção do novo trecho até Pucallpa, mas também a modernização do trecho já existente entre Cerro de Pasco e Lima. Segundo Pérez Reyes, essa ampliação vai permitir que os trens cheguem a outros portos, como Callao e Chancay, dependendo do tipo de carga transportada.

O governo do Peru já tem estimativas de custo para o trecho entre Pucallpa e Chancay. O investimento previsto é de US$ 14,38 bilhões para construir uma linha de tráfego misto, que transporte tanto passageiros quanto cargas, com 904 quilômetros de extensão. O trajeto cruzará diferentes regiões geográficas do país: costa, montanhas e selva central.

Estão previstos 51 quilômetros de pontes, 156 quilômetros de túneis e 97 quilômetros de viadutos.

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