Um novo projeto intitulado Casa da Mulher Flutuante promete transformar o atendimento a mulheres vítimas de violência doméstica em regiões de difícil acesso no Amazonas. A iniciativa prevê a criação de uma unidade móvel instalada em uma balsa, com estrutura tecnológica de ponta, destinada a atender comunidades ribeirinhas, indígenas e áreas isoladas do estado.
Inspirada na Casa da Mulher Brasileira — presente em várias capitais brasileiras —, a versão flutuante reunirá, em um único espaço, serviços essenciais como o Tribunal de Justiça, Defensoria Pública, Ministério Público, Polícia Técnico-Científica, Instituto Médico Legal, além de atendimento médico, exames de corpo de delito e realização de audiências remotas via internet ou satélite.
A embarcação contará ainda com energia solar, sistema de captação e tratamento de água, e ferramentas de inteligência artificial voltadas à triagem de risco e análise de perfis de vítimas e agressores. O projeto também prevê ações de formação e programas de geração de renda, com foco na autonomia econômica das mulheres atendidas.
O desenvolvimento da Casa da Mulher Flutuante é resultado de uma parceria entre a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). Segundo Antônio Mesquita, diretor da Agência de Inovação da UEA, a proposta representa um avanço significativo no enfrentamento da violência de gênero no interior do estado. “A iniciativa pode mudar a realidade de milhares de mulheres que hoje não têm acesso a nenhum tipo de proteção ou justiça”, destacou.