Uma ação policial de grande envergadura foi desencadeada na capital de Santa Cruz, quando agentes do grupo Delta, em colaboração com representantes do Ministério Público e da Defensoria da Criança e do Adolescente, chegaram a uma festa próxima ao zoológico na noite de sexta-feira, por volta das 19h. O objetivo era capturar Sebastián D.V.D., um jovem de 18 anos identificado e reconhecido como o principal suspeito de ter abusado sexualmente de um menino de 12 anos em uma escola particular de Santa Cruz.
Quase cinco meses após o incidente ter sido registrado e dois meses após o caso ter sido divulgado, as autoridades localizaram o principal acusado em um spa, onde estava participando de uma festa após retornar de suas férias em Cancún, no México. O jovem foi flagrado em um vídeo, que chegou ao conhecimento do jornal EL DEBER, aparecendo na companhia de outros adolescentes e jovens, enquanto consumiam bebidas alcoólicas.
A operação foi conduzida pelo mesmo procurador do departamento de Santa Cruz, Róger Mariaca. A presença do suspeito mobilizou um esforço conjunto da investigação, serviços de inteligência e representantes da Ouvidoria da Criança e do Adolescente, todos em busca do suposto agressor. Apesar de alguns inconvenientes envolvendo pais presentes no momento da intervenção no spa, a procuradora Rocío Medrano confirmou que o mandado de prisão estava sendo cumprido.
Sebastião D. foi formalmente indiciado pelo Ministério Público por crimes de estupro contra criança, adolescente e corrupção agravada. O jovem havia sido acusado de agredir sexualmente a criança de 12 anos, o que levou os pais da vítima a se mudarem para La Paz e Sucre em busca de justiça, pois alegavam que as investigações não estavam progredindo e o caso permanecia impune.
A família da vítima expressou preocupações quanto à condução das investigações e à possível influência que poderia comprometer a busca por justiça. Várias comissões do governo foram formadas para investigar as denúncias de abuso sexual na escola privada onde o incidente ocorreu.
Em declarações anteriores ao EL DEBER, o advogado de defesa da família da vítima, Pablo Banegas, havia destacado que a criança já havia prestado depoimento cinco vezes ao Ministério Público, inclusive durante a gravação de um depoimento por câmera Gesell.
O ministro da Justiça, Iván Lima, expressou desapontamento quanto ao andamento das investigações, enfatizando a importância de proteger as crianças e responsabilizar aqueles que deveriam garantir sua segurança. “O que esperamos da escola particular e dos professores é que eles são os primeiros defensores de nossas crianças”, afirmou o ministro.
Com informações do jornal EL DEBER.