Primeira-ministra britânica diz que abordará problemas imediatamente

Prioridade é fazer economia crescer com corte de impostos, diz Truss

Liz Truss assumiu o cargo de primeira-ministra britânica nesta terça-feira (6), prometendo ação imediata para enfrentar um dos desafios mais assustadores para um novo líder no período pós-guerra, com preços de energia nas alturas, uma recessão iminente e conflitos industriais.

Truss, que mais tarde anunciará suas indicações para o governo, disse que tem três prioridades: fazer a economia crescer por meio de cortes de impostos, lidar com o aumento nos custos de energia a partir desta semana e garantir que as pessoas recebam os cuidados necessários do Serviço Nacional de Saúde estatal.

“Estou confiante de que, juntos, podemos enfrentar a tempestade. Podemos reconstruir nossa economia e podemos nos tornar o Reino Unido moderno e brilhante que sei que podemos ser”, disse a primeira-ministra, em frente ao imóvel de nº 10 na Downing Street, residência oficial do premiê britânico.

No entanto, Liz Truss herda uma economia em crise, com inflação de dois dígitos, o custo da energia subindo e o Banco da Inglaterra alertando para uma longa recessão até o fim deste ano. Diversos trabalhadores pelo país já entraram em greve.

“Sei que temos o que é preciso para enfrentar esses desafios. Claro, não será fácil, mas podemos fazê-lo”, disse a nova primeira-ministra, que deve abordar as últimas crises que atingem o Reino Unido com mão política mais fraca do que muitos de seus antecessores.

Boris Johnson, que tentou se agarrar ao poder em julho, apesar de ministros terem renunciado em massa devido a uma série de escândalos, disse hoje a repórteres e políticos reunidos em Downing Street que o país deve se unir.

O Reino Unido, que está sob governo conservador desde 2010, tropeçou de crise em crise nos últimos anos e agora se depara com a perspectiva de uma longa emergência energética, que pode drenar as economias das famílias e ameaçar o futuro das empresas ainda sobrecarregadas pelos fardos de empréstimos da era da pandemia de covid-19.

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Publicado por
Agência Brasil