Índice voltou a acelerar depois de registrar deflação no mês passado. Sete grupos, dos nove pesquisados, registraram alta em agosto. Em agosto do ano passado, a taxa foi de -0,73%.
Resultado foi influenciado principalmente pela alta da energia elétrica, que subiu 4,59%. No mês passado, a conta de luz ficou mais barata com a incorporação do bônus de Itaipu nas contas. Como não houve bônus neste mês, o preço da energia subiu. Além disso, houve reajuste nas taxas em três cidades pesquisadas: Curitiba, Porto Alegre e São Paulo.
Resultado veio acima do esperado. Expectativa em pesquisa da Reuters era de avanço de 0,17% e de 4,13% em 12 meses.
O resultado em 12 meses ainda está dentro da meta da inflação do Banco Central para 2023. O centro da meta para o IPCA do ano é de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O mercado espera que o indicador termine 2023 em 4,90%, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central.
O preço de itens importantes para a alimentação no domicílio no mês contribuíram para a queda geral do grupo. Alguns dos alimentos que ficaram mais baratos foram:
Em agosto, houve alta nos preços da gasolina (0,90%) e do gás veicular (1,88%) e quedas no óleo diesel (-0,81%) e etanol (-2,55%). Nos custos do grupos transportes, outro destaque foi a queda de 11,36% nos preços das passagens aéreas, que haviam subido 4,70% em julho.
Resultado do IPCA-15 não contempla o último reajuste anunciado pela Petrobras. A estatal anunciou no dia 16 de agosto um aumento de 16,3% na gasolina e de 25,8% no diesel. Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de julho a 14 de agosto e comparados com aqueles vigentes de 15 de junho a 13 de julho.
O IPCA-15 considera 465 produtos e serviços e mede a inflação para famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos.
O indicador abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.
A metodologia utilizada é a mesma do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do país. A diferença está apenas no período de coleta dos preços e nas cidades pesquisadas.