Railan Silva dos Santos, que cumpre pena em presídio federal, é acusado de mandar matar Tássio Cleiton Ferreira em crime ocorrido em 2017; Justiça nega habeas corpus
O detento Railan Silva dos Santos, conhecido como “Marechal”, teve a prisão preventiva decretada no último dia 10 por envolvimento na execução de Tássio Cleiton Ferreira, assassinado a tiros enquanto trabalhava em uma lanchonete no bairro São Francisco, em Rio Branco, no ano de 2017. A ação criminosa ocorreu diante de clientes, da esposa e dos filhos da vítima.
Segundo investigação da Delegacia de Homicídios, Railan e Selmir da Silva Almeida teriam sido os mandantes do crime. O mandado foi cumprido no Presídio Federal da Papuda, em Brasília, onde Railan já está detido por outras acusações.
A defesa de Railan ingressou com pedido de liminar em habeas corpus contra a decisão do juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, alegando que ele nega envolvimento no homicídio e que a denúncia partiu da delação de um integrante de facção criminosa ligada ao tráfico. No entanto, o pedido foi negado pela Justiça do Acre, que considerou ausentes os requisitos legais para concessão da liminar.
De acordo com o Ministério Público do Acre, Railan também foi apontado como líder da rebelião ocorrida em julho de 2023 no presídio Antônio Amaro Alves, em Rio Branco. O motim deixou cinco mortos, três deles decapitados. Imagens do circuito interno mostram o detento portando armas e articulando com outros presos.
Em setembro do mesmo ano, Railan e mais 13 envolvidos na rebelião foram transferidos para o presídio federal de segurança máxima em Mossoró, no Rio Grande do Norte.