Presidente da CUT denuncia manobra do governador petista para garantir o “voto de cabresto”

Diante do descontentamento de muitos trabalhadores, cansados de serem usados como massa de manobra

Os trabalhadores estão cansados de tanta chantagem dos governantes”, disse Rosana Nascimento (Foto: Alexandre Lima)

ASCOM

“Toda época que aproxima o pleito eleitoral, o governo petista alega que os servidores irregulares serão demitidos caso a oposição vença as eleições, com o intuito de garantir o voto de cabresto”, denunciou a sindicalista Rosana Nascimento, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Diante do descontentamento de muitos trabalhadores, cansados de serem usados como massa de manobra pelo governo, segundo Rosana, agora eles resolveram anunciar a privatização das unidades de saúde mantidas pelo poder público. “Todas as eleições, os assessores tocam o terror nas repartições em busca de votos”, lamentou a sindicalista.

Nesta quarta-feira (6), os servidores da Saúde estão organizando um grande ato público em frente do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), para protestar contra o processo de privatização do Sistema Único de Saúde (SUS) no Acre.

O movimento será liderado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Acre (Sinteac), mas conta com o apoio da centrais, sindicatos e movimentos sociais. “Os trabalhadores estão cansados de tanta chantagem dos governantes”, avisou Rosana.

A presidente da CUT recordou da decisão da justiça do Trabalho que autorizou o governo do estado demitir 24 servidores que entraram sem concurso, que estavam lotados na Secretaria Estadual de Fazenda e da extinta Companhia de Armazéns Gerais e Entrepostos do Acre (Cageacre), mas explicou que enquanto a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) não transitar em julgado, nenhum trabalhador poderá ser dispensado do setor público.

A demissão de um servidor público, segundo a sindicalista, precisa passar por todo um processo legal, mas como são celetistas (regime comum, como se tivessem carteira assinada) precisam ser indenizados. “Estamos com a nossa assessoria jurídica atenta para ingressar com um mandado de segurança pedindo as suas reintegrações”, revelou Rosana.

A Secretaria Estadual da Saúde conta com pelo menos 3.800 servidores “irregulares”, enquanto na Secretaria Estadual de Educação ultrapassa os 2.000. A maioria tem tempo de serviço para se aposentar, mas não tem a idade mínima de 60 anos para os homens, em contrapartida outros casos têm idade para solicitar o benefício, porém ainda não completaram o tempo de contribuição previdenciária.

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Alexandre Lima