Municípios não têm condições de arcar com aumento
O novo piso salarial dos professores deve ser reajustado em 13% segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM). No Acre, a preocupação aumenta para os prefeitos que na maioria não conseguem pagar o piso vigente.
O percentual representa um salário de R$ 1.918,16, ou seja, R$ 220,00 a mais para professores de escola pública com formação de nível médio e jornada de trabalho de 40 horas.
No Acre, o salário inicial é pago com base em carga horária de 30 horas e os profissionais recebem R$ 1.175,79. Com o aumento de R$ 152 a remuneração vai para R$ 1.328. O Sindicato dos Professores do Acre (Sinteac) avalia que o reajuste é importante, já que no ano passado, não chegou a 9%.
“É satisfatório e mais do que esperávamos porque o piso chegou a aumentar até 22% e nos últimos anos veio caindo”, disse a diretora do Sinteac, Zuila Assef.
Segundo a CNM, o novo piso deve gerar um aumento de cerca de R$ 7 bilhões aos cofres dos municípios. No Acre, a situação preocupa porque a maioria das prefeituras já não consegue pagar o piso vigente. Como vão fazer para arcar com mais esse reajuste?
“Nem a proporcionalidade das 30 horas alguns municípios cumprem. Esse ano de 2014 foi difícil. Não tivemos aumento salarial na maioria dos municípios. As prefeituras estão todas endividadas. Todos comprometidos com a Lei de Responsabilidade Fiscal”, acrescenta Assef.
O Sindicato que representa mais de 10 mil profissionais da Educação no Acre luta ainda por mais valorização da categoria. Falta o reajuste do piso para nível superior que hoje é de um pouco mais de R$ 2 mil e os trabalhadores esperam que chegue a no mínimo R$ 2,5 mil.
Na Associação dos Municípios do Acre (Amac), ninguém foi encontrado para comentar o assunto. Fomos informados de que o coordenador da Associação está viajando.
agazeta.net