Prefeitos se articulam para efetivar parceria com Estado

Barros: municípios têm que ampliar base produtiva

Com a eleição de Gladson Cameli os prefeitos começam a montar estratégias de aproximação com o governo. Os municípios estão ficando cada vez mais pobres. Os custos, principalmente da folha de pagamento, vem privando os gestores de fazer investimentos.

A renda se limita ao Fundo de Participação de Municípios. Outras fontes de receita como taxas e impostos tem arrecadação quase nula. Só que o Estado também enfrenta o mesmo problema. O orçamento para esse ano é de R$ 6,6 bilhões, 56% desse dinheiro será gasto com a folha de pagamento.

O inchaço de algumas secretarias e altos salários de assessores ajudam a desequilibrar as contas. O Estado mantém 40 assessores especiais ganhando por mês mais de R$ 20 mil e a maioria não trabalha.

Levantamento feito pela Federação do Comércio mostra que se não houver mudança nos gastos públicos será impossível vencer a crise. Segundo o economista Alex Barros, é preciso, ao mesmo tempo, investir nas potencialidades econômicas do Estado.

Para o economista, o agronegócio é viável, mas é preciso mapear o Estado e investir de acordo com cada região. “Outro ponto importante é analisar leis estaduais que vem travando o crescimento do Estado”, detalhou.

A Federação do Comércio tem em sua página na internet informações sobre a potencialidade de cada município e começou um programa para ajudar as prefeituras. Por enquanto, cinco municípios: Manoel Urbano, Feijó, Tarauacá, Sena Madureira e Jordão estão recebendo assessoria técnica.

No tripé do desenvolvimento, tem ainda a geração de emprego e renda. No Estado, existem 56 mil pessoas aptas ao trabalho. Entretanto, não conseguem encontrar emprego, situação que ficou mais grave com a falência da construção civil no Estado. Durante o verão amazônico, se gerava nesse setor 17 mil postos de trabalho. Hoje, são apenas 1,5 mil.

Por ADAÍLSON OLIVEIRA

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Publicado por
Da Redação