Tamir Sá também destacou os desafios enfrentados em obras públicas, citando o exemplo da construção do aeroporto local, realizada pelo Exército Brasileiro. Segundo ele, a obra corre risco de paralisação por falta de recursos
O prefeito de Santa Rosa do Purus, Tamir Sá (MDB), revelou, durante audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (13), as graves dificuldades enfrentadas pelo município durante o verão amazônico, período de seca extrema na região. Segundo ele, um carregamento de gás de cozinha pode levar até 16 dias para chegar à cidade, evidenciando o isolamento e os desafios logísticos da localidade.
“Para chegar um botijão [gás] em Santa Rosa, no período seco, passa até 16 dias. Não é fácil. As pessoas tiram dos barcos e botam no estirão e saem puxando numa corda. Uma saca de cimento hoje, no período cheio, custa R$ 150. Um litro de gasolina lá hoje é R$ 9,30. E nós ainda achamos barato porque a dificuldade de chegar lá não é fácil, ainda correndo o risco de perder, de ter prejuízo. Então, os grandes e pequenos empresários são uns guerreiros”, afirmou o prefeito.
Tamir Sá também destacou os desafios enfrentados em obras públicas, citando o exemplo da construção do aeroporto local, realizada pelo Exército Brasileiro. Segundo ele, a obra corre risco de paralisação por falta de recursos. “Eles já gastaram mais da metade. Vão gastar o dobro e talvez não façam aquela pista. As coisas em Santa Rosa, e acho que no Jordão não é diferente, As coisas em Santa Rosa e acho que no Jordão não é diferente, uma obra que ela custa R$ 50 mil, ela vai para R$ 250 mil. A logística é completamente difícil”, lamentou.
O prefeito ainda expressou frustração com a ausência de representantes do Ministério Público Federal na audiência, reforçando a necessidade de maior atenção do poder público federal para os desafios enfrentados por municípios isolados como Santa Rosa do Purus.
A fala de Tamir Sá chamou a atenção para a urgência de políticas públicas que reduzam o isolamento e garantam o desenvolvimento de regiões remotas do Acre, onde a logística precária e os altos custos impactam diretamente a qualidade de vida da população.
Uma saca de cimento hoje, no período cheio, custa R$ 150. Um litro de gasolina lá hoje é R$ 9,30. E nós ainda achamos barato porque a dificuldade de chegar lá não é fácilFoto Gleilson Miranda/Santa Rosa