Prefeito de Porto Acre é acusado de usar mão de obra análoga à escravidão no serviço público

Por Salomão Matos, para a Folha do Acre

O prefeito de Porto Acre, (cidade distante 54 quilômetros de Rio Branco), Benedito Damasceno (PROS), vem sendo acusado pelo vereador da cidade Luan Luz (DEM), de estar usando mão de obra análoga à escravidão nos serviços públicos do município.

Segundo o vereador democrata, são trabalhadores que fazem serviços de roçagem, operadores de máquinas, garis e até merendeiras. Esses “servidores”, segundo o parlamentar, não têm qualquer direitos trabalhistas, como carteira assinada, horas extras, férias e muito menos o 13º salário.

Vereador Luan Luz

“Encaminhamos uma solicitação à Câmara de Vereadores de Porto Acre para que obrigasse a prefeitura a fornecer informações da situação desses trabalhadores. Mas, infelizmente, a maioria dos vereadores, meus colegas de parlamento, trabalham apenas para proteger o prefeito e não a população ou os trabalhadores. Fomos vencidos e meu requerimento foi rejeitado”, lamenta Luan.

No entanto, não satisfeito com a recusa da maioria dos vereadores de Porto Acre, para investigar a conduta do prefeito Bené Damasceno na contratação de mão de obra sem a realização de concurso público e dos direitos que garantem a CLT, o vereador disse que vai protocolar a denúncia no Ministério do Trabalho para que tomem as devidas providências.

A reportagem tentou contato com o prefeito Bené Damasceno através do número 9961 0-9090 para ouvi-lo sobre as acusações, mas o gestor de Porto Acre não atendeu as tentativas de chamadas. O jornal Folha do Acre mantém o espaço reservado para os devidos esclarecimentos por parte do gestor.

 

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folha do acre