Muitos buscam alternativas para lidar com os aumentos consecutivos, como a compra de quantidades menores ou a substituição por outras fontes de proteína. Foto: ilustrativa
O preço dos ovos tem registrado aumentos significativos desde o início de fevereiro de 2025, gerando preocupação entre consumidores e comerciantes em todo o Brasil. De acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, a caixa com 30 dúzias de ovos comerciais vermelhos ultrapassou R$ 235 em algumas regiões produtoras, marcando um dos maiores patamares dos últimos anos.
O movimento de alta, que começou na segunda quinzena de janeiro, está relacionado ao aumento gradual da demanda pela proteína e à oferta limitada. A procura deve permanecer aquecida nos próximos dias, impulsionada pelo período de recebimento de salários e pelo retorno às aulas escolares. Em regiões como Bastos (SP) e a Grande São Paulo, as cotações tiveram altas de até 8,2% na primeira semana 7 de fevereiro. Na região de Bastos, a caixa com 30 dúzias de ovos brancos foi comercializada a R$ 199,23, enquanto os ovos vermelhos alcançaram R$ 226,95.
Comerciantes locais relatam dificuldades para atender à demanda de clientes regulares, enquanto a busca por novos compradores também tem aumentado. “Estamos enfrentando uma procura muito alta, mas o estoque está limitado. Isso tem impactado diretamente nossas vendas e o planejamento de compras”, afirmou um comerciante de São Paulo.
Além dos fatores econômicos, como o aumento do poder de compra no início do mês, a proximidade da Quaresma também contribui para a alta nos preços. Durante esse período, tradicionalmente há um aumento no consumo de ovos devido à redução no consumo de carne, o que pode intensificar ainda mais a tendência de alta.
Diante desse cenário, consumidores e comerciantes estão apreensivos com os impactos no orçamento e nas vendas. Muitos buscam alternativas para lidar com os aumentos consecutivos, como a compra de quantidades menores ou a substituição por outras fontes de proteína.
Especialistas alertam que a tendência de alta pode se manter nos próximos meses, dependendo da evolução da demanda e da oferta no mercado. Enquanto isso, consumidores e comerciantes seguem adaptando-se à nova realidade, esperando por uma estabilização nos preços.