Com G1/Acre
O preço do litro da gasolina chegou a ser vendido a R$ 8,99 nesta quarta-feira (23) no Recife após o abastecimento dos postos de combustíveis ser afetado devido ao terceiro dia de protestos dos caminhoneiros contra o aumento do preço do diesel. Alguns postos na Região Metropolitana fecharam por falta de combustíveis para revenda.
Já no acre o litro da gasolina atingiu R$ 6,10 no único posto de gasolina do município de Santa Rosa do Purus, que fica em uma área de difícil acesso no interior do Acre. O diesel comum ultrapassou os R$ 5.
O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Gás Liquefeito de Petróleo e Lubrificantes do Estado do Acre (Sindepac) informou que não regula, monitora, ou controla os preços de combustíveis. O sindicato disse que cada revendedor compra e vende de acordo com o seu custo operacional no estado.
Em relação ao preço praticado em Santa Rosa do Purus, o Sindepac disse que não pode falar pelo proprietário, pois ele é quem dispõe de informações sobre os custos de frete, impostos e outros itens que incidem com o valor de revenda. Porém, informou que quanto mais isolada a região maior é o custo para o transporte de mercadorias.
“O Acre, em si, é um exemplo disso. O combustível vem de distribuidoras distantes e isso eleva o frete, o que acaba refletindo no preço final ao consumidor”, disse a nota assinada pela presidente do Sindepac, Karyenne Machado.
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Uma moradora do município, que não quis se identificar, lamentou o preço do litro da gasolina e afirma que o valor é um “assalto”. Além disso, o fato de ter apenas um posto na cidade piora a situação, segundo ela.
E disse mais, “Aqui tem pouquíssimos carros particulares, a maioria é de órgãos públicos. Mas as motos particulares são muitas e, infelizmente, não tem como parar de usar. A população é quem sofre com os preços e até já se acostumo. Além da gasolina, a botija de gás, por exemplo, está custando R$ 100”, disse.
Os consumidores de Brasiléia e Epitaciolândia pagam 4.85 com expectativa de chegar a 5 reais nas próximas horas, e bom lembrar que os postos de combustíveis da fronteira, cidade de Brasiléia/Epitaciolândia não são associados ao (SINDEPAC) Sindicato do Comercio Varejista de Combustível, Gás Liquefeito de Petróleo e Lubrificante do Acre, jé em Cruzeiro do Sul os consumidores foram mais uma vez surpreendidos com o aumento no preço dos combustíveis. Na manhã de quarta-feira (23), o valor que estava sem aumento há cerca de 6 meses teve novo reajuste.
Foi o segundo em menos de uma semana. A primeira mudança foi de R$ 4,95 para R$ 5,25. Com o novo aumento, o litro d gasolina está R$ 5,45.
Representantes dos taxistas e mototaxistas reclamam e planejam fazer manifestações nas próximas semanas.
O presidente do Sindicato dos Taxistas, Adriano Santos, diz que é inviável tantos aumentos e acredita que a saída é protestar.
“Quando temos que aumentar o preço da corrida o cliente reclama. Estamos tendo prejuízo, vamos participar de uma reunião na Federação dos Transportes em Rio Branco, junto com os mototaxistas e no nosso retorno pensamos em fazer alguma manifestação quanto a esses aumentos. Não podemos pagar o combustível mais caro do país”, reclama.
Francisvaldo Nobre representa os mototaxistas e diz que a categoria foi criada para atender pessoas de baixa renda e diz que o lucro está diminuindo.
“Se aumentar o preço, perderemos clientes. Tem gente que ainda pede para fazer corrida por preço mais baixo. Infelizmente não temos como atender por menos desse preço que está em vigor desde o ano passado”, disse.
Situação pior vive municípios isolados. Em Porto Walter, por exemplo, o preço após o reajuste da semana passada passou para R$ 6,20 e um novo preço deve ser estabelecido nos próximos dias.
A não distribuição de combustível também afeta a operação dos Correios, que suspenderam as postagens com dia e hora marcados (Sedex 10, 12 e Hoje). Por meio de nota, a empresa informou, ainda, que a paralisação “tem gerado forte impacto às operações da empresa em todo o país”. Os serviços Sedex e PAC, bem como o de correspondências, também sofrem com acréscimo de dias do prazo de entrega estipulado.