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PP e União Brasil avançam em negociações para formar maior federação partidária do Congresso

Acordo, que deve unificar atuação das legendas por pelo menos quatro anos, pode criar a maior bancada da Câmara, com 109 deputados, e garantir maior fatia do Fundo Partidário e tempo de TV. Republicanos desistiram da união e estudam fusão com o PSDB

Ciro Nogueira anunciou negociação para formalizar federação com o União Brasil. Foto: Marcos Corrêa/PR

O presidente nacional do Partido Progressistas (PP), senador Ciro Nogueira (PI), anunciou que o partido decidiu seguir com as negociações para formar uma federação com o União Brasil. A decisão foi tomada após reunião da Executiva Nacional do PP, que consultou deputados federais, senadores e presidentes de diretórios estaduais. Em publicação no X (antigo Twitter), Nogueira afirmou que a proposta foi aprovada por unanimidade.

“Após intensa discussão, deputados federais, senadores e presidentes de diretórios estaduais decidiram, por unanimidade, dar pleno aval à presidência do partido para prosseguir as tratativas no sentido de consolidar a criação da federação”, escreveu o senador.

O União Brasil ainda não se posicionou oficialmente, mas informações indicam que a presidência do partido está alinhada com a proposta. Antes de confirmar o acordo, a legenda deve consultar suas bancadas no Legislativo e os governadores filiados.

A formação de uma federação partidária permite que os partidos atuem de forma unificada em todo o país, como se fossem uma única agremiação. O modelo, que tem personalidade jurídica própria e exige a criação de um estatuto, garante a divisão do Fundo Partidário e do tempo de televisão entre os envolvidos. Diferente de uma coligação, que tem caráter temporário e se encerra após as eleições, a federação deve durar pelo menos quatro anos.

Se confirmada, a união entre PP e União Brasil resultará na maior bancada da Câmara dos Deputados, com 109 parlamentares, superando o PL, que atualmente detém o maior grupo político. Além disso, a federação terá acesso aos maiores repasses de recursos do Fundo Partidário.

Inicialmente, as negociações incluíam também o Republicanos. No entanto, na última quinta-feira (13), o presidente da legenda, senador Marcos Pereira (SP), informou que a bancada rejeitou a proposta de forma “quase unânime”. Agora, o partido estuda a possibilidade de uma fusão com o PSDB.

O avanço nas tratativas entre PP e União Brasil marca um movimento estratégico no cenário político, com potencial para alterar a correlação de forças no Congresso Nacional e influenciar os rumos das próximas eleições.

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Publicado por
Marcus José