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Brasil

Porto Velho é a pior capital para viver no Brasil, aponta Índice de Progresso Social

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Cidade ocupa a última posição no ranking de qualidade de vida das 26 capitais e o Distrito Federal do país, segundo o Índice de Progresso Social 2024 (IPS).

Capital rondoniense ocupa a última posição no ranking de qualidade de vida das 26 capitais e o Distrito Federal do país. Foto: Eranildo Costa Luna

Por Emily Costa

Porto Velho foi classificada como a pior capital para viver no Brasil, segundo o relatório do Índice de Progresso Social (IPS) de 2024. A cidade rondoniense ocupa a última posição no ranking de qualidade de vida das 26 capitais do país e o Distrito Federal.

O Índice de Progresso Social (IPS) é uma ferramenta que avalia o desempenho social e ambiental de territórios em diversas geografias (países, estados, municípios). O IPS Brasil é uma iniciativa para gerar esse índice em uma escala subnacional.

O levantamento inclui dados sobre a qualidade de vida em todas as cidades brasileiras. No ranking das capitais, Porto Velho ocupa a última posição, com uma média de IPS de 57,10. Isso ocorre porque, quanto menor a média da cidade, pior é a qualidade de vida na região.

Rankings das capitais com menores IPS do Brasil

CapitalUFIPSPosição no ranking
Rio BrancoAC62,6823
BelémPA62,5124
MaceióAL62,3725
MacapáAP58,0326
Porto VelhoRO57,1027

Fonte: Índice de Progresso Social 2024

Entre as capitais, a melhor nota foi a da cidade de Brasília (DF), seguida por Goiânia (GO), Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC) e Curitiba (PR).

O levantamento filtrou mais de 300 indicadores e chegou a 53 deles para analisar a qualidade de vida de cada cidade. O IPS foi dividido em três dimensões, são elas: necessidades humanas básicas; fundamentos para o bem-estar; oportunidades. Esse grupo de dimensões fez com que cada cidade tivesse uma média final.

Conforme o levantamento, no ranking das unidades federativas do Brasil, Rondônia ocupa o 25º lugar (média IPS de 55,67) ficando à frente apenas dos estados do Acre e Pará.

Falta de saneamento básico e segurança pessoal

O índice categoriza os municípios em nove tiers (níveis), com base em suas pontuações médias. Cada tier representa um grupo de municípios com níveis de progresso semelhantes. Porto Velho está classificada como “Tier 5” (amarelo): municípios com desempenho intermediário no progresso social.

Já em relação aos componentes que influenciam a média total dos municípios no IPS, os piores indicadores de Porto Velho em relação às capitais, são:

  • Saneamento básico: 32,93 (a menor taxa das capitais do Brasil)
  • Segurança pessoal: 39,57 (2° pior, ficando atrás apenas de Manaus)
  • Qualidade do meio ambiente: 43,29 (pior índice )
  • Liberdades individuais: 49,89 (2° menor taxa)

Na última edição do estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil, a capital rondoniense também aparece na pior colocação no ranking de saneamento básico do país: apenas 9,89% da população recebe o serviço de tratamento de esgoto e mais da metade dos moradores vivem sem acesso à água tratada.

Sobre o IPS Brasil

O IPS Brasil foi desenvolvido por uma rede colaborativa de instituições, liderada pelo Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em parceria com a Fundação Avina, Amazonia 2030, Anattá Pesquisa e Desenvolvimento, Centro de Empreendedorismo da Amazônia e Social Progress Imperative.

Essa iniciativa subnacional tiveram como referência o IPS Amazônia desenvolvido pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) em 2014.

O Progresso Social foi definido por um grupo de especialistas acadêmicos e sintetizado pelo Social Progress Imperative como “a capacidade da sociedade em satisfazer as necessidades humanas básicas, estabelecer as estruturas que garantam qualidade de vida aos cidadãos e dar oportunidades para que todos os indivíduos possam atingir seu potencial máximo”.

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Brasil

Pix por aproximação estará disponível a partir do dia 28; veja como funciona

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O Pix já é o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros. O serviço é adotado por 76,4% da população

Pix por aproximação estará disponível a partir do dia 28. Foto: Reprodução

A partir do dia 28 de fevereiro será disponibilizada uma nova função do Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC). Trata-se do Pix por aproximação, modalidade que permite que os consumidores façam pagamentos instantâneos sem a necessidade do aplicativo da instituição financeira.

O Pix já é o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros. O serviço é adotado por 76,4% da população, seguido pelo cartão de débito (69,1%) e dinheiro em espécie (68,9%), segundo a pesquisa ‘O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro’, publicada pelo Banco Central.

“A expectativa é que esse novo recurso simplifique ainda mais as transações, impulsionando tanto o comércio físico quanto o on-line e aumentando a competitividade entre meios de pagamento como cartões e dinheiro”, destaca o diretor de negócios da Lina Open X, Murilo Rabusky.

Como funciona o Pix por aproximação?

Assim como os pagamentos via NFC (Near Field Communication) utilizados em cartões de crédito e débito, o Pix por aproximação permite que usuários realizem pagamentos sem precisar digitar chaves ou escanear QR Codes. Basta aproximar o celular ou outro dispositivo compatível de uma máquina habilitada para que a transação seja processada instantaneamente.2

Para utilizar essa funcionalidade, é necessário que o aparelho tenha suporte à tecnologia NFC e que o usuário habilite o pagamento por aproximação no aplicativo do banco e na carteira digital.

“Essa tecnologia amplia o uso do Pix ao melhorar a experiência de pagamento em diversos cenários, como pagamento de transporte público, compras presenciais e pagamentos em grandes eventos, onde agilidade e capacidade de realizar a transação são fatores que contam muito. Esse avanço só foi possível graças à expansão do Pix dentro do Open Finance, permitindo conexões padronizadas e seguras entre as mais de 100 instituições financeiras participantes”, afirma Murilo.

O que esperar do Pix em 2025?

O Banco Central já indicou que o Pix seguirá recebendo aprimoramentos em 2025. A partir de fevereiro, as regras para pagamento de boletos serão aprimoradas, permitindo que sejam quitados diretamente via Pix. O usuário poderá acessar um QR Code específico no boleto para efetuar a operação instantaneamente.

Além disso, o Pix automático será lançado em breve, trazendo uma solução inovadora para automatizar cobranças e pagamentos recorrentes. Essa funcionalidade oferecerá mais comodidade para consumidores e previsibilidade financeira para as empresas. Com o Pix automático, pagamentos regulares poderão ser programados na primeira transação e serão processados automaticamente, eliminando a necessidade de ações manuais.

“Empresas de streaming e entretenimento, como Netflix, Spotify e YouTube, podem adotar o Pix automático para garantir a cobrança de assinaturas sem interrupções, melhorando a experiência do usuário e reduzindo a inadimplência. Academias e clubes esportivos também se beneficiarão dessa tecnologia, assegurando que os alunos realizem pagamentos mensais sem precisar pagar boletos ou realizar a transação manualmente”, explica Murilo.

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Suspensão de linhas subsidiadas do Plano Safra gera crise no agronegócio e governo anuncia MP para liberar R$ 4 bilhões

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Tesouro alega falta de recursos; setor critica “má gestão” e pede solução imediata para garantir continuidade da produção

A MP anunciada por Haddad busca amenizar os impactos da suspensão, setor agropecuário aguarda medidas mais concretas para garantir a continuidade do financiamento e a estabilidade da produção. Foto: assessoria 

A decisão do Tesouro Nacional de suspender as linhas subsidiadas do Plano Safra 2024/2025, anunciada na quinta-feira (20), gerou uma nova crise entre o governo e o agronegócio. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu uma “solução imediata para o problema”, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta sexta-feira (21) que o governo editará uma Medida Provisória (MP) para liberar R$ 4 bilhões em crédito extraordinário.

A suspensão das linhas subsidiadas, que reduzem as taxas de juros pagas pelos produtores rurais, foi justificada pelo Tesouro como uma medida necessária devido à falta de recursos. O órgão alegou que o Orçamento de 2024 ainda não foi aprovado pelo Congresso, o que impede o financiamento da chamada equalização das taxas. Nas operações com linhas subsidiadas, o governo assume parte dos custos dos empréstimos para que a taxa final paga pelo produtor fique abaixo da Selic, atualmente em 13,25%.

Representantes do setor agropecuário criticaram a decisão, afirmando que ela coloca em risco a continuidade da produção e reflete uma má gestão do governo em um momento de juros elevados. “O governo perdeu o controle da política monetária e vai penalizar o setor produtivo”, afirmou o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Tirso Meirelles, em nota. Ele destacou que os R$ 476 bilhões anunciados no Plano Safra 2024/2025, dos quais R$ 133,6 bilhões poderiam ser acessados em linhas com a equalização de juros, são importantes para dar musculatura principalmente aos pequenos e médios produtores, que são a maioria no Brasil.”

A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) também manifestou preocupação. “A agricultura e a pecuária são atividades que exigem previsibilidade e planejamento. A suspensão do crédito rural gera insegurança para os produtores, especialmente no momento em que muitos ainda colhem a safra atual e iniciam o plantio na próxima”, afirmou o presidente da entidade, Vilmondes Tomain. Ele ressaltou que o setor já enfrenta desafios como oscilação cambial, aumento nos custos de produção e juros elevados, e a retirada do suporte governamental agrava ainda mais o cenário.

A MP anunciada por Haddad busca amenizar os impactos da suspensão, mas o setor agropecuário aguarda medidas mais concretas para garantir a continuidade do financiamento e a estabilidade da produção. Enquanto isso, a crise expõe as tensões entre o governo e um dos pilares da economia brasileira, em um momento de incertezas fiscais e pressões por maior eficiência na gestão de recursos públicos.

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Pesquisadores chineses identificam novo coronavírus com alta afinidade por células humanas

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HKU5-CoV-2, encontrado em morcegos, usa o mesmo receptor ACE2 que o SARS-CoV-2; estudo alerta para risco de spillover e possível ameaça à saúde humana

A pesquisa também descreve a base estrutural que permite a interação do HKU5-CoV-2 com o receptor ACE2 humano, o que aumenta a preocupação com sua potencial capacidade de causar doenças em pessoas.

Pesquisadores do Instituto de Virologia de Wuhan, na China, descobriram um novo tipo de coronavírus, denominado HKU5-CoV-2, que possui alta capacidade de se conectar e infectar células humanas. Assim como o SARS-CoV-2, vírus responsável pela pandemia de covid-19, o HKU5-CoV-2 utiliza o receptor ACE2 (Enzima Conversora de Angiotensina 2) como porta de entrada para invadir as células. A descoberta foi publicada na renomada revista científica Cell.

O HKU5-CoV-2 pertence à família dos merbecovírus, uma subfamília dos coronavírus que já foi responsável por surtos anteriores, como a epidemia de Mers (Síndrome Respiratória do Oriente Médio) entre 2012 e 2015. Diferente do SARS-CoV-2, que faz parte da subfamília dos sarbecovírus, o novo vírus foi identificado em morcegos do gênero Pipistrellus.

O estudo revela que os merbecovírus encontrados nesses morcegos apresentam um alto risco de spillover (transbordamento para outras espécies), podendo infectar humanos diretamente ou por meio de hospedeiros intermediários, como pangolins ou visons. A pesquisa também descreve a base estrutural que permite a interação do HKU5-CoV-2 com o receptor ACE2 humano, o que aumenta a preocupação com sua potencial capacidade de causar doenças em pessoas.

De acordo com o infectologista Alexandre Naime Barbosa, chefe do Departamento de Infectologia da Unesp, a descoberta do HKU5-CoV-2 é alarmante. “Esse vírus desperta atenção porque, embora ainda não tenha sido associado a infecções humanas, existe a possibilidade de mutações futuras que possam torná-lo uma ameaça à saúde pública”, afirmou.

A identificação do HKU5-CoV-2 reforça a necessidade de vigilância contínua sobre vírus presentes em animais, especialmente morcegos, que são conhecidos por serem reservatórios naturais de diversos patógenos. A comunidade científica alerta para a importância de investimentos em pesquisas e monitoramento para prevenir futuras pandemias, já que a interação entre humanos e animais selvagens continua a aumentar, elevando o risco de transmissão de doenças.

Enquanto isso, os pesquisadores seguem estudando o comportamento do HKU5-CoV-2 e sua potencial capacidade de causar surtos, buscando entender melhor como prevenir e controlar possíveis ameaças à saúde global.

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