Por Jefson Dourado, Rede Amazônica Acre — Rio Branco
A reabertura do comércio no Acre está prevista para o dia 4 de maio. A data foi discutida em uma reunião por videoconferência entre empresários do estado e do governo, na terça-feira (28), em Rio Branco.
As atividades não essenciais no Acre estão suspensas desde o dia 20 de março, quando o governador Gladson Cameli determinou o fechamento de bares, restaurantes, moteis, lanchonetes, igrejas e demais estabelecimentos em prevenção ao novo coronavírus.
Além do retomada das atividades comerciais, o cronograma inclui ainda a volta do serviço público para o dia 18 de maio e das aulas em 1º de junho.
Porém, o calendário de reabertura depende da avaliação criteriosa da comunidade científica e pode ser revisto a qualquer tempo. Tudo isso dependerá de uma avaliação por parte de especialistas.
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O governo falou que a prioridade é salvar vidas. Apesar de todos os esforços, a estrutura existente não será capaz atender todos os pacientes que precisarem de cuidados hospitalares como vem acontecendo em vários países.
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“Observar que a nossa capacidade de testagem, que são 48 por dia, todas essas projeções que fizemos lá atrás, no início, vem se confirmando com esse número de testagem. Porém, agora, vamos ter uma capacidade maior de testagem, vou quase triplicar a capacidade no estado”, explicou o secretário de Saúde do Acre, Alysson Bestene.
O Acre atingiu o número de 354 infectados pela Covid-19 até esta quarta-feira (29) e 18 mortes pela doença, de acordo com o último boletim da Sesacre.
O decreto governamental que suspende os serviço não essenciais no estado acreano é válido até o dia 4. Após o anúncio da prorrogação da suspensão, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecoméricio) criticou a determinação.
Em entrevista à Rede Amazônica Acre no dia 25 de março, o presidente da Fecomércio, Leandro Domingos, falou que “vão morrer mais empresas do que pessoa”’ na crise causada pela Covid-19. A presidência prevê crise na geração de empregos e pede a suspensão do pagamento de tributos.
Na reunião de terça, o representante da Acisa, Celestino Bento, disse estar preocupado com a crise que se agravou com a pandemia. Empresas já fecharam e o desemprego aumentou.
“A preocupação é, no momento tão crítico de saúde pública, saúde psíquica e privada, salvar vidas, salvar empresas e empregos, acho que esse é o denominador que precisa de um meio termo para que não haja um desgaste de ambas as partes”, frisou.
Para o retorno das atividades comerciais, os empresários planejam limitar o número de clientes por estabelecimento, uso de máscaras para os clientes e funcionários.
“A Acisa tem conversado com todos os segmentos e propondo a reabertura do comércio gradativa e conforme manda a OMS [Organização Mundial de Saúde], com cuidados para os colaboradores e clientes”, pontuou.