De acordo com Armelindo Sorriso, do Movimento Nacional da População em Situação de Rua no Acre, o apoio se faz necessário devido aos altos valores cobrados pela empresa distribuidora de energia no Acre.
“Queremos a redução da luz, saber como foi feito o contrato e também com está o andamento das coisas”, destacou Sorriso.
Na oportunidade, ele sugeriu aos parlamentares que não assinaram o requerimento, que paguem a conta de luz dos moradores.
A representante da Central de Movimentos Populares do Acre (CMP), Raimunda Antunes, declarou apoio aos parlamentares que optaram pela aprovação da CPI. “Esses sim nos representam. Aqueles que não votaram, infelizmente, não nos representam”, finalizou.
Com jornais da capital
Munidos de faixas e cartazes, os populares pediram aos deputados que assinem o requerimento que dará origem a CPI para investigar possíveis irregularidades no aumento da conta de luz dos acreanos.
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O autor do requerimento, deputado Jenilson Leite (PCdoB) solicitou ao presidente da Mesa Diretora, deputado Nicolau Júnior (PP), que coloque o assunto em pauta de votação na ordem do dia para que seja votada ainda na sessão de terça-feira.
“Precisamos de solução, não podemos continuar pagando uma energia com valor tão alto. Temos inúmeros denúncias de abusos na cobranças da tarifa de energia”, diz.
O primeiro deputado da base de Gladson Cameli a discursar na Aleac foi José Bestene (PP). Contrário à CPI, Bestene afirmou que os deputados que assinaram o pedido de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito jogam para a plateia.
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Bestene disse ainda, fugindo completamente do assunto da CPI, que as condições atuais do Acre é culpa da gestão passada e que há diversos outros assuntos que podem render uma CPI, citando como exemplo os investimentos na Zona de Processamento de Exportação (ZPE), uma clara provocação ao deputado Edvaldo Magalhães, secretário de indústria do governo de Sebastião Viana, idealizador da ZPE, que nunca saiu do papel.
Bestene, como se diz no ditado popular “deu a cara à tapa. Foi, como se esperava, vaiado pelos manifestantes e chamado de “inimigo do povo”. Mesmo assim foi o único parlamentar da base do governo, que é contrário a CPI, a se posicionar.
O deputado estadual Luiz Tchê (PDT) usou a tribuna no grande expediente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) para fazer um pronunciamento que chocou os deputados e os manifestantes que estavam na Galeria Marina Silva. Tchê retirou a assinatura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a Energia Elétrica.
“Eu quero que o meu nome seja retirado da CPI que está nas mãos do deputado Jenilson”, declarou.
O parlamentar usou o argumento de que assinou o requerimento nos corredores da Aleac e que ao estudar o assunto, analisou e resolveu retirar a assinatura. Agora, o documento conta apenas com 12 assinaturas favoráveis.