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Ponte do Madeira pode fazer do Acre um novo centro logístico e produtivo no país, avalia Ipea

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Estrutura de 1,5 km de extensão começou a ser construída em 2014 e teve cerca de R$ 140 milhões gastos nas obras. De acordo com o Dnit, cerca de 2 mil veículos devem transitar diariamente no local.

Inauguração da Ponte do Abunã em Porto Velho (Foto: Jonatas Boni/G1)

Por Edmilson Ferreira

Inaugurada nesta sexta-feira (7) pelo presidente Jair Bolsonaro, a Ponte do Rio Madeira, em Abunã (RO), poderá tornar o Acre em um novo centro logístico e produtivo do país.

Esta avaliação está em nota técnica preliminar publicada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que trata da ponte que permitirá a interligação dos portos peruanos do Pacífico e ainda do território da Bolívia à hidrovia do Rio Madeira e aos estados da região Norte e Centro-Oeste do Brasil.

“As obras de integração poderão possibilitar que os volumes de produção e de comércio do Acre, junto aos dos estados vizinhos, acumulem ganhos de escala, fator fundamental para tornar viável a rota interoceânica rumo aos mercados regionais da costa do Pacífico das três Américas e da Ásia”, diz o estudo coordenado pelo pesquisador Pedro Silva Barros, da Diretoria de Estudos e Relações Econômicas e Políticas Internacionais do Ipea.

Desde 2010, o Acre é o único estado brasileiro que tem dois vizinhos fronteiriços entre os cinco principais compradores externos. Juntos, Bolívia e Peru respondem por 25% do total das exportações acreanas.

No entanto, antes da inauguração das pontes de Assis Brasil e Epitaciolândia o Estado não exportava regularmente para estes países vizinhos e, em 2003, não havia registrado nenhuma venda para a Bolívia nem para o Peru.

Outros estados brasileiros também tendem a ganhar com a interligação e o potencial aumento do fluxo comercial, como no caso de Rondônia que, nos últimos 20 anos, multiplicou em 23 vezes o valor das vendas ao comércio externo e registrou aumento das exportações de US$ 59 milhões para US$ 1,37 bilhão. As vendas rondonienses de carnes refrigeradas aumentaram mais de cinco vezes desde 2015 e alcançaram US$ 121,7 milhões em 2020.

O atual principal destino dessas exportações é o Chile, com quase 70% do total (US$ 82 milhões), e outro mercado emergente é o Peru, com US$ 6 milhões, sendo que estas cresceram 28 vezes nos últimos cinco anos.

Os pesquisadores também destacam na nota as possibilidades de se promover novas vias de escoamento da produção agrícola da região Centro-Oeste, em especial do Mato Grosso. “Há 25 anos, pouco se questionava a quase exclusividade do transporte rodoviário em direção aos portos de Santos-SP e Paranaguá. Apesar da desconfiança, vem prevalecendo o progressivo poder de atração da infraestrutura logística dos portos do Arco Norte”, avaliam. Em 2020, as exportações mato-grossenses foram escoadas por meio de portos localizados no oceano Atlântico, sendo 66% nas regiões Sul e Sudeste e 33% nos portos do Arco Norte.

O estudo ainda identificou situações em que pode haver ganhos logísticos com a interligação com os portos do Pacífico, como, por exemplo, para a aquisição de fertilizantes pelo Mato Grosso. Quase 90% do produto que o estado importa do Canadá entra no Brasil pelos portos de Santos e Paranaguá e poderia chegar mais rapidamente pelo Pacífico. Em outro caso parecido, Rondônia importa azeitonas do Peru por aqueles mesmos portos do Sudeste e do Sul. (Ipea)

Ponte sobre o rio Madeira, em Abunã, está com estrutura pronta. (Foto: Reprodução/Rede Amazônica)

A obra é uma das maiores já erguidas pela engenharia na Amazônia. São 1,5 km de extensão e mais de 14 metros de largura. A ponte possui duas pistas de rolagem, acostamento em ambos os lados e passarela para pedestres.

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Situação em abrigos públicos do RS preocupa autoridades

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Sobe para 66.761 número de pessoas que tiveram que deixar suas residências devido às consequências das fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul ao longo da última semana e que, sem terem para onde ir, precisaram se refugiar em abrigos públicos municipais.

Embora a intensidade da chuva tenha diminuído desde a última segunda-feira (7), chegando mesmo a dar uma trégua em algumas regiões do estado, o nível dos principais rios continua elevado e muitas cidades permanecem com bairros inteiros sob a água. Razão porque o número de desabrigados não para de aumentar.

Até às 18 horas de ontem (7), a Defesa Civil contabilizava 48.799 desabrigados – ou seja, 17.962 pessoas a menos do que o total informado ao meio dia de hoje (8). Em todo o estado, cerca de 1,45 milhão de pessoas foram afetadas por algum efeito adverso (enxurrada, enchentes, inundações, deslizamentos, desmoronamentos etc) das chuvas, cujas consequências já causaram ao menos 100 mortes em pelo menos 41 municípios e deixaram 128 desaparecidos e 372 feridos. No total, 417 cidades já foram afetadas.

A situação nos abrigos preocupa as autoridades públicas federais e estaduais. Principalmente porque meteorologistas preveem que parte do estado deve voltar a ser atingido por chuvas intensas e fortes rajadas de vento já a partir desta quarta-feira. Segundo o Centro de Hidrografia da Marinha, a faixa litorânea entre as cidades de Chuí (RS) e Laguna, em Santa Catarina, pode ser afetada pela passagem de uma frente fria, com ventos de até 88 quilômetros por hora.

“Estamos em um momento de administrar o caos, pois a partir de agora teremos que lidar com muitas dimensões do impacto das enchentes pelo estado. Além de continuar com os resgates, teremos os desdobramentos nas várias frentes desta que é a maior catástrofe que o Rio Grande do Sul já enfrentou”, afirmou o governador Eduardo Leite, na última segunda-feira (6). Na ocasião, Leite afirmou que o governo garantirá a estrutura necessária para que quem precisar seja acolhido com dignidade e segurança nos abrigos, durante o tempo que durar a situação de calamidade pública.

No mesmo dia, o ministro-chefe da secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, manifestou preocupação com o tema. “A partir de hoje [6], a tendência é que comecemos a nos deparar com mais força com duas situações: a primeira [delas], a situação humanitária das pessoas que saíram de casa. Temos milhares e talvez cheguemos a dezenas de milhares de pessoas [alojadas] em abrigos [públicos]. Algumas destas pessoas não tem para onde voltar e a ajuda humanitária vai ser muito importante”, comentou Pimenta ao participar, na Assembleia Legislativa estadual, em Porto Alegre, de uma reunião entre representantes do governo federal com deputados (federais e estaduais) e senadores gaúchos.

“Muitas destas pessoas só tiveram condições de sair de casa levando a roupa do corpo e seus animais de estimação – temos abrigos onde há centenas de animais. Em algumas comunidades, quando a água baixar, as pessoas não terão para onde voltar, pois suas casas já não existem”, acrescentou Pimenta.

Na mesma reunião, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, comentou que a pasta já prevê a maior incidência de “agravos de saúde” entre a população em geral, incluindo os abrigados.

Fonte: EBC GERAL

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Bolsonaro posta vídeo em hospital e atualiza estado de saúde

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Ex-presidente está internado em São Paulo desde a noite de segunda (6) para tratar uma infecção na pele

Bolsonaro posta vídeo em hospital e atualiza estado de saúde

Com Tupi

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) assegurou, nesta manhã de quarta-feira (8), que seu estado de saúde está sob controle e que ele se encontra bem. Desde a noite de segunda-feira (6), Bolsonaro está hospitalizado no Hospital Vila Nova Star, localizado na zona sul da capital paulista, para tratar uma erisipela, uma infecção cutânea causada por bactérias.

Imagens mostram o ex-presidente trajando pijamas, percorrendo os corredores do hospital, acompanhado por um profissional de saúde e descreve seu estado de saúde: “Oi, pessoal. Estou bem, graças a Deus. É uma erisipela, tá sob controle, e uma aderência. Mas tá tudo certo. Um abraço a todos aí. Brevemente voltaremos às atividades. Valeu”. Confira o vídeo:

O boletim médico divulgado na tarde de terça-feira (7) informou que o paciente está sendo tratado com antibióticos e medidas preventivas contra trombose venosa. Bolsonaro está sob os cuidados do cirurgião Antônio Luiz de Vasconcellos Macedo, responsável por todos os procedimentos cirúrgicos realizados no ex-presidente desde o atentado a faca durante a campanha eleitoral de 2018, em Minas Gerais, e do cardiologista Leandro Echenique.

A aderência, mencionada por Bolsonaro no vídeo, é uma ocorrência comum em pacientes submetidos a cirurgias intestinais, caracterizada por pequenas fibroses que podem prejudicar o trânsito intestinal.

Internação em Manaus

No último sábado (4), Bolsonaro foi admitido no Hospital Santa Júlia, em Manaus (AM), devido a desidratação e erisipela na perna esquerda. De acordo com o boletim médico, ele recebeu tratamento e teve alta no mesmo dia, para continuar sua agenda na cidade.

Entretanto, na mesma noite, o ex-presidente precisou ser readmitido e submetido a tratamento com antibióticos. Segundo o boletim, não foram observados sinais de infecção nos membros superiores e sua evolução foi considerada satisfatória. Bolsonaro já havia tratado erisipela em novembro de 2022, após as eleições presidenciais.

Os médicos também relataram que Bolsonaro apresentou um quadro de dor abdominal na madrugada de segunda-feira (6), sem sinais de obstrução intestinal, o que motivou sua decisão de ser internado em São Paulo.

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Defesa prorroga GLO em portos e aeroportos do Rio e de São Paulo

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O Ministério da Defesa prorrogou até 4 de junho a permanência da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em portos e aeroportos internacionais dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. A medida está em vigor desde novembro do ano passado. A portaria assinada pelo ministro, José Múcio, foi publicada nesta quarta-feira (8), no Diário Oficial da União

Com a medida, as Forças Armadas permanecem atuando nas atividades de GLO no Porto do Rio de Janeiro, no Porto de Itaguaí (RJ), no Porto de Santos, em São Paulo, no Aeroporto Internacional Tom Jobim (RJ) e no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (SP).

A portaria do Ministério da Defesa prevê que os militares participarão em ações preventivas e repressivas, no trabalho de monitoramento e inteligência, e não inclui policiamento de ruas e bairros.

Desde novembro, Exército e Aeronáutica incrementaram nas áreas definidas no decreto as operações que já realizam nos portos e aeroportos. Já a Marinha fortalece as ações preventivas e repressivas nas baías de Guanabara e de Sepetiba, ambas no Rio de Janeiro, e nos acessos marítimos ao Porto de Santos.

Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos, desde que foi implementada a GLO, 172,3 toneladas de drogas foram apreendidas, sendo 12,4 toneladas de cocaína e 5,4 toneladas de pasta-base de cocaína. Um total de 282 armas foram apreendidas (entre elas 30 fuzis), 3.178 pessoas foram presas e houve 11,2 mil fiscalizações em embarcações e 107,6 mil cargas inspecionadas, além de 7,8 mil contêineres vistoriados.

O valor empregado em diárias e custos operacionais ficou em R$ 215,6 milhões, divididos entre Polícia Federal (R$ 3,2 milhões), Força Nacional (R$ 1,5 milhão), Forças Armadas (R$ 182 milhões) e Polícia Rodoviária Federal (R$ 28 milhões).

Previstas na Constituição Federal, as GLOs conferem às Forças Armadas a autonomia necessária para que atuem com poder de polícia, por tempo predeterminado, em área previamente definida.

Fonte: EBC GERAL

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